Filho de Sócrates e vice de comunicação vão ser investigados no São Paulo

Diego Garcia e Rafael Valente, de São Paulo (SP), para o ESPN.com.br
Gazeta Press
Gustavo Vieira de Oliveira, diretor executivo de futebol do São Paulo
Gustavo Vieira de Oliveira, diretor executivo de futebol do São Paulo

Durante a reunião do conselho deliberativo do São Paulo, na noite da última terça-feira, um conselheiro fez um requerimento para que o clube investigue se houve alguma relação entre o escritório no qual trabalhava José Francisco Manssur, conselheiro e vice-presidente de Comunicação e Marketing, Gustavo Vieira de Oliveira, filho do ex-jogador Sócrates e diretor executivo do clube, com o empresário Eduardo Uram, conforme acusam membros da oposição, entre os quais o ex-presidente Carlos Miguel Aidar.

O requerimento foi encaminhado à comissão de auditoria do São Paulo.

O pedido foi confirmado ao ESPN.com.br pelo presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Marcelo Pupo Barboza, que não citou os nomes de Manssur e Vieira Oliveira. Mas outros conselheiros que estavam na reunião confirmaram os nomes.

Segundo alguns dos conselheiros ouvidos pela reportagem, o requerimento questiona uma possível relação entre o escritório de Manssur, e que já teve a colaboração de Vieira de Oliveira, e o empresário Eduardo Uram em negociações envolvendo o São Paulo.

No último domingo, o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou em 13 de outubro deste ano em meio a acusações de corrupção, deu uma entrevista ao jornal "Diário de S.Paulo" na qual acusou o São Paulo de pagar R$ 9,5 milhões ao Tombonse, clube mineiro que o cartola chamou de "barriga de aluguel" de Uram, nos últimos três meses da gestão de Juvenal Juvêncio, em 2014.

Os fatos serão investigados. A comissão de auditoria tem oito membros e foi instituída para definir o escopo e acompanhar os trabalhos que serão executados pela empresa de auditoria que será contratada pelo empresário Abilio Diniz.

A reportagem entrou em contato com Manssur e Vieira de Oliveira, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

"Apesar da extrema confiança e respeito ao trabalho dos citados, como presidente do conselho tenho a obrigação de encaminhar o requerimento para a devida análise, que será feita pela Comissão de Auditoria", disse Pupo, sem confirmar os nomes dos investigados.

Posteriormente, por meio da assessoria de imprensa de seu escritório, Manssur comentou os acontecimentos na reunião do conselho deliberativo do São Paulo, na noite de terça, no Morumbi.

Primeiro, afirmou que o requerimento citado não foi apresentado por um conselheiro, mas sim por um sócio. Acrescentou que o sócio em questão (sem nomeá-lo) já tentou se candidatar ao conselho, mas o pedido foi impugnado pelo departamento jurídico tricolor - na época, dirigido por Manssur.

Ainda por meio de sua assessoria, Manssur também explicou que após a apresentação do requerimento na reunião ele tomou a palavra e fez um discurso para prestar esclarecimentos aos conselheiros.

Durante o discurso, ele diz ter apresentado documentos que desmentiam a acusação. Revelou até ter levado cópias da declaração de imposto de renda e mostrado aos conselheiros.

Por fim, explicou que os contratos que vão ser avaliados pela comissão de auditoria do São Paulo já constam na lista de documentos que serão auditados pela PricewaterhouseCoopers. A auditoria que será contratada pelo empresário Abílio Diniz (membro do conselho consultivo do São Paulo).

Ainda segundo a versão apresentada pela assessoria de Manssur, ele foi aplaudido e não houve questionamentos após o discurso.

 

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