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Como distinguir vômito e regurgitação no bebê

Bebê com regurgitação
Foto: istock.com / energyy
Nas primeiras semanas, é comum que o leite que o bebê toma "volte" de alguma forma. O sistema digestivo do recém-nascido ainda está em desenvolvimento, e pode ser difícil distinguir o que é uma regurgitação inofensiva e esperada e o que é um vômito mais preocupante.

Como saber se o bebê está golfando ou vomitando?

Veja a diferença entre regurgitar (golfar) e vomitar:

  • Regurgitação: O leite volta sem muita força, e o bebê não parece estar incomodado. Tudo se passa como se nada tivesse acontecido, o bebê estava bem e continua bem depois.
  • Vômito: O conteúdo do estômago volta com força, e a criança pode chorar ou fazer careta, demonstrando incômodo e desconforto. Pode ficar pálida. A quantidade de alimento que volta quando se trata de vômito costuma ser bem maior que na regurgitação. Pode haver outros sintomas, como febre.
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Vomitar pode ter várias causas: desde o enjoo por andar de carro até ter comido rápido demais. Às vezes, uma crise de choro ou de tosse pode acionar o reflexo do vômito. Por isso, prepare-se: nos próximos anos você deve presenciar pelo menos alguns episódios de vômito.

O vômito também pode ser causado por infecções e outros problemas de saúde. Confira as possíveis causas do vômito em bebês.

De modo geral, se o bebê estiver com boa aparência, bem disposto e continuar engordando, não há motivo de preocupação.

Quando preciso me preocupar com a regurgitação?

A regurgitação faz parte do desenvolvimento do sistema digestivo do bebê, e é esperada. Ela pode ocorrer com mais frequência em alguns bebês, e por mais tempo. A maioria dos bebês regurgita até os 6 ou 7 meses, ou até que aprendam a sentar sem apoio, mas há bebês que regurgitam até por volta de 1 ano de idade. Tudo vai depender do mecanismo de válvula entre o estômago e o esôfago.

É normal também que a golfada venha às vezes pelo nariz, além de pela boca, principalmente quando o golfo é mais volumoso.

O fato de o bebê regurgitar passa a preocupar quando está associado a um baixo ganho de peso, a dificuldades respiratórias e a infecções recorrentes, ou se ele chora e reclama quando regurgita. Isso pode ser sinal de doença do refluxo gastroesofágico.

Quando devo me preocupar com o vômito do bebê?

Nos primeiros meses do bebê, os vômitos normalmente são causados por problemas simples, como mamar demais ou muito rápido.

Depois desses meses iniciais, quando a criança vomita é bem provável que tenha pego algum vírus que cause gastroenterite, embora os vômitos possam também acompanhar infecções no sistema respiratório, infecções urinárias ou até otites (há crianças que vomitam quando têm febre ou quando tomam remédios, por exemplo).

Em casos raros, os vômitos podem indicar uma doença mais grave. Veja quais são os sinais de alerta:

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  • forte dor abdominal
  • barriga inchada (distendida com muitos gases)
  • prostração ou irritabilidade acentuada
  • convulsões
  • vômitos repetidos, que deixam a criança exausta, ou que persistem por mais de 24 horas
  • sinais de desidratação, como boca seca, ausência de lágrimas, afundamento da moleira, diminuição da quantidade de urina (molhar menos que seis fraldas por dia)
  • presença de sangue ou bile (uma substância verde ou amarelada) no vômito
  • vômitos em jato
Se houver só um pouquinho de sangue no vômito, o motivo pode ser o rompimento de vasinhos sanguíneos no esôfago, por causa do esforço ao vomitar. O vômito também pode ter sangue se o bebê tiver engolido sangue de um machucado na boca ou se tiver tido um sangramento nasal nas últimas seis horas.

Se o bebê tiver consumido algum alimento avermelhado (como beterraba), ele pode ficar parecido com sangue no vômito ou nas fezes, por isso tente lembrar o que ele comeu nas últimas horas.

Outro motivo comum para a presença de sangue no vômito ou na regurgitação do bebê é que ele tenha ingerido o sangue que saiu do peito rachado da mãe. Nesse caso não há prejuízo à saúde do bebê.

Caso a quantidade de sangue no vômito aumente ou persista, fale com o pediatra. Às vezes vale até a pena tirar foto e guardar um pouco do vômito para mostrar. A presença de bile verde pode indicar um bloqueio intestinal, um problema grave.

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Vômito persistente e em jato, até meia hora depois de mamar, pode ser um sinal de estenose hipertrófica do piloro, um problema raro que geralmente aparece quando o bebê tem poucas semanas de vida, em geral por volta de 3 semanas.

O bebê vomita porque o músculo que controla a válvula entre o estômago e o intestino delgado fica aumentado e bem espesso, causando uma obstrução: ele não abre o suficiente para deixar o alimento passar. É uma condição que exige uma cirurgia simples, mas que precisa de atendimento imediato. Quando isso ocorre, a criança perde peso significativamente, ou pelo menos deixa de ganhar.

Tente não se desesperar a cada episódio de vômito. Acontece com toda criança em algum momento, e normalmente não é nada de grave -- tirando a trabalheira de lavar toda a roupa de cama, ou o tapete, ou o sofá, ou sua blusa... E é mais um motivo para, quando sair com o bebê, colocar na bolsa, além de uma troca de roupa para ele, uma troca de blusa para você.

Algumas crianças são mais "vomitadeiras" que outras. Se você tem uma dessas, vale a pena deixar um kit de emergência a postos, principalmente no carro: saco impermeável, toalha e um pote vazio de sorvete, por exemplo, para minimizar o prejuízo.

Existem crianças que ao andar de carro ou ônibus, principalmente em viagens com curvas, vomitam. Esse problema se chama cinetose e muitas vezes vai melhorando conforme a criança fica mais velha. Vale a pena conversar com o pediatra nesses casos para que haja indicação de medicamento adequado.

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Há ainda crianças que aprendem a forçar o vômito em situações de estresse ou contrariedade. Para esse tipo de circunstância, o melhor é conversar com um profissional de saúde para determinar a melhor maneira de reagir sem agravar ainda mais o problema.

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