Joachim Georg Kroll ( Hindenburg, atual Zabrze, 17 de Abril de 1933 - Rheinbach, 1 de Julho de 1991) foi um assassino em série alemão, pedófilo e canibal, conhecido como Ruhr Cannibal, Ruhr Hunter ou Duisburg Man-Eater. Foi condenado por um total de 8 homicídios, porém, confessou 14 homicídios.

Joachim Kroll
Nome Joachim Georg Kroll
Pseudônimo(s) Ruhr Cannibal
Ruhr Hunter
Duisburg Man-Eater
Data de nascimento 17 de abril de 1933
Local de nascimento Hindenburg, atual Zabrze
Data de morte 1 de julho de 1991 (58 anos)
Local de morte Rheinbach
Nacionalidade(s) alemão
Crime(s) Assassino em série, canibalismo, pedofilia
Pena prisão perpétua

Juventude editar

Nascido de um mineiro em Hindenburg, atual Zabrze, Província de Upper Siliesia, Kroll foi o sexto de nove filhos. Era uma criança fraca e costumava urinar na cama. A sua educação foi pobre, apenas atingindo a terceira classe (psiquiatras determinaram que o seu QI era de 76). 

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, onde o seu pai se tornou um prisioneiro de guerra, a família de Kroll mudou-se para o Norte de Rhine-Westphalia.

Crimes editar

Ele começou a matar em 1955, depois da sua mãe morrer. Por volta de 1960, Kroll foi para Duisburg e encontrou trabalho como empregado de casa de banho para o Mannesmann. Depois disso, trabalhou para a Thyssen Industries e mudou-se para o número 24 da Friesen Street, Laar, distrito de Duisburg. Durante esse tempo, passou-o a matar pessoas.

Lista de vítimas editar

  • 8 de Fevereiro de 1955 – Irmgard Strehl, 19, violada e esfaqueada até à morte. O seu corpo esventrado foi encontrado num celeiro em Lüdinghausen.
  • 1956 – Erika Schuletter, 12, violada e estrangulada em Kirchhellen,que agora faz parte de Bottrop.
  • 16 Junho de 1959 – Klara Frieda Tesmer, 24, morta nos arredores de Rhine, perto de Rheinhausen. Um mecânico, Heinrich Ott, foi preso pelo crime. Enforcou-se na prisão.
  • 26 de Julho de 1959 – Manuela Knodt, 16, violada e estrangulada no parque da cidade de Essen. Fatias de carne foram retiradas das suas nádegas e coxas. 
  • 1962 – Barbara Bruder, 12, raptada em Burscheid. O seu corpo nunca foi encontrado.
  • 23 April 1962 – Petra Giese, 13, violada e estrangulada em Dinslaken-Bruckhausen. Vinzenz Kuehn foi preso e condenado.
  • 4 de Junho de 1962 – Monika Tafel, 12, morta em Walsum, pedaços de carne foram retirados das suas nádegas. Walter Quicker foi preso pelo crime. É libertado mas é levado pelos vizinhos a suicidar-se em Outubro.
  • 22 de Agosto de 1965 – Hermann Schmitz e a sua namorada Marion Veen foram atacados enquanto estavam sentados no carro numa ladeira para namorados em Duisburg-Großenbaum. Hermann - a única vítima masculina de Kroll - foi morta mas Veen escapou.
  • 13 de Setembro de 1966 – Ursula Rohling, estrangulada em Foersterbusch Park, perto de Marl. O seu namorado Adolf Schickel suicidou-se depois de ser falsamente acusado do crime.
  • 22 December 1966 – Ilona Harke, 5, violada e afogada numa valeta em Wuppertal.
  • 12 de Julho de 1969 – Maria Hettgen, 61, violada e estrangulada em Hückeswagen.
  • 21 de Maio de 1970 – Jutta Rahn, 13, estrangulada enquanto regressava a casa a partir da estação de comboios. Peter Schay foi preso e eventualmente libertado. Confessou o crime em 1976 depois de ser ferido pelos seus vizinhos.
  • 1976 – Karin Toepfer, 10, violada e estrangulada em Voerde.
  • 3 de Julho de 1976 – Marion Ketter, 4. Partes do seu corpo estavam a ser analisadas quando Kroll foi preso.

Método editar

Kroll era muito particular acerca do local onde matava, matando sempre no mesmo local em algumas ocasiões com anos de diferença. Isto, e o facto de existirem vários assassinos a operar na mesma área na altura, ajudou a evitar ser preso. Kroll surpreendia as suas vítimas e estrangulava-as rapidamente. Depois, despia os corpos e tinha relações sexuais com os cadáveres, algumas vezes masturbando-se sobre eles novamente. Depois, mutilava e cortava pedaços para serem comidos mais tarde. Ao voltar a casa, tinha novamente relações sexuais com uma boneca de borracha que tinha com esse propósito.[1]

Captura editar

A 3 de Julho de 1976, Kroll foi preso por rapto e morte de uma menina de 4 anos chamada Marion Ketter. Quando a polícia foi de casa em casa, um vizinho aproximou-se de um agente e disse-lhe que os canos do seu apartamento estavam entupidos, e que quando perguntou ao seu vizinho, Kroll, se ele sabia o que estava a bloquear o cano, Kroll simplesmente respondeu: "Entranhas". No seguimento deste relatório, a polícia foi ao apartamento de Kroll e encontrou o corpo de Ketter cortado: algumas partes no frigorífico, uma pequena mão a cozinhar numa panela de água a ferver e as entranhas estavam presas nos canos. 

Kroll foi preso imediatamente.

Julgamento e morte editar

Ele admitiu ter matado Marion Ketter e deu detalhes de outros 14 homicídios e uma tentativa de assassinato nos 20 anos anteriores.

Kroll disse que algumas vezes cortava porções de carne das vítimas para as cozinhar e comer, dizendo que fazia isso para poupar nas contas da mercearia. Preso, ele acreditou que iria ser feita uma pequena operação para o curar dos impulsos homicidas e que ia depois ser libertado da prisão. Em vez disso, foi acusado de 8 assassinatos e uma tentativa. Em Abril de 1982, depois de um julgamento de 151 dias, foi condenado de todas as acusações e foi-lhe dada prisão perpétua.

Morreu de ataque cardíaco em 1991 na prisão de Rheinbach.

Referências

  1. Dunning, John (1992). Strange Deaths. [S.l.]: Mulberry Editions. pp. 218–219. ISBN 1-873123-13-2 

Fontes editar

  • Stephan Harbort, "Ich musste sie kaputtmachen". Anatomie eines Jahrhundertmörders; Düsseldorf (Droste) 2004 (ISBN 3-7700-1174-0)
  • Dunning, John (1992). «Little Girl Stew». Strange Deaths. City: Mulberry Editions. ISBN 1-873123-13-2 

Ligações externas editar

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