Outras palavras

seg, 02/04/12
por Zeca Camargo |
categoria Todas

Não sou muito chegado a coincidências – especialmente àquelas que as pessoas costumam chamar de “esotéricas”. Mas vou abrir espaço aqui para contar uma história que eu prefiro chamar de curiosa – um ótimo exemplo do que o The Police um dia ensinou o mundo todo a chamar de “sincronicidade”.

Na última terça-feira, estava com minha colega de apresentação no “Fantástico”, Renata Ceribelli, fazendo uma noite de autógrafos do livro do “Medida Certa” (nosso projeto de reprogramação do corpo, que foi ao ar no ano passado). Curitiba, com sempre, nos recebeu de uma maneira entusiasmada e afabilíssima. Era tanta gente para dedicar os livros, que passamos quase três horas ali na função – e com prazer. Um dos nomes, porém, me chamou a atenção. (A história que vem a seguir fica mais curiosa se contada oralmente – e vou até ter que fazer uma “adaptação” para relatá-la por escrito; mas no final, tenho certeza, você vai me perdoar).

“Como é seu nome?”, perguntei eu na típica rotina de boas-vindas a quem chega à mesa de autógrafos geralmente com um jeito tímido (acredite: depois de seis livros lançados, a gente fica craque em identificar essas posturas). “Keyla”, respondeu-me a menina diante de mim. Como de praxe, faço questão de pedir detalhes da grafia para não errar na assinatura – afinal, eu ainda acho que livro é alguma coisa que a pessoa vai guardar, e é importante que tudo esteja então correto. “Com ‘k’ e ‘y’?”, perguntei então. Ao que ela me respondeu: “Que nada, é normal mesmo, com ‘q’ e ‘u’, assim mesmo!”, foi a resposta de… Queila!

Mas claro! O nome dela só podia ser escrito assim: Queila! De um jeito “normal”! Eu é que estava errado, achando que um nome que não é “naturalmente” português tinha que ser escrito com letras que por muito tempo nem faziam parte do nosso abecedário oficial… Imediatamente, no meio do movimento dos autógrafos, lembrei-me de que aquilo faria o maior sentido para um “cara” que foi fundamental para me introduzir no mundo das palavras. Um “cara” que, depois de tanto tempo escrevendo em tudo quanto é formato, resolveu entrar também na internet – criando seu próprio “saite”. Um “cara” que criou a definição perfeita de um “chato” (“indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele”). Um “cara”, aliás, que teve, também como Queila, seu nome eternamente alterado por um descuido (ou seria “excesso de zelo”) de um cartório: o Milton que virou Millôr, por conta de uma bizarra leitura da caligrafia do tabelião, que fez o corte do “t” longe da letra, transformou-a num “l”, fez o “tracinho” virar um acento circunflexo, e conseguiu que um “n” preguiçoso parecesse um “r”.

Foi um flash rápido – uma associação imediata de ideias (Queila/Millôr). A fila andava – como sempre anda – e eu logo estava assinando outros livros, para outros nomes. A tal história seria apenas um registro ordinário, não fosse pelo fato de que, no dia seguinte, logo que acordei, eu recebi uma mensagem de texto de uma grande amiga, informando-me que Millôr tinha morrido. Na própria noite de terça-feira. Insisto: não acho que as coincidências têm um significado especial. Mas eu fiquei meio perturbado. Daí para as lembranças, foi um simples empurrãozinho…

Fui apresentado a Millôr de uma maneira pouco ortodoxa – se não precoce. Quando era criança, bem criança mesmo (estou falando da época em que tinha uns dez anos de idade), vi-me obcecado por uns desenhos esquisitos que povoavam páginas de duas revistas que meu tio costumava colecionar. Acho que nunca mencionei isso aqui – talvez por genuína modéstia – mas sou sobrinho de um grande poeta. Seu nome é Cacaso – irmão de minha mãe. Cacaso, que morreu cedo demais (aos 43 anos), foi uma das minhas grandes referências de cultura, mesmo muito antes de eu saber elaborar o que era isso. Nos anos 70, quando eu já morava em São Paulo, minhas férias escolares eram divididas entre Uberaba (minha cidade natal), e Rio de Janeiro, onde também vivi, nos anos 60, num apartamento que então, era ocupado por Cacaso. Professor da PUC carioca, sua casa era – pelo menos na minha memória – recheada de livros e revistas. Lembro-me sobretudo de um corredor onde mal se via as paredes, todas cobertas por estantes e mais estantes repletas. E de duas pilhas de publicações que eram leitura obrigatória de qualquer círculo acadêmico – na verdade, qualquer círculo pensante – da época. Uma era com o extinto “O Pasquim”, e a outra com essa que é até hoje uma das maiores referências do jornalismo impresso: a “Veja”. O que as duas tinham em comum? Um homem de nome estranho – ainda mais para uma criança que estava descobrindo a leitura: Millôr.

Entre gatos de rabos improváveis e passarinhos com dentes protuberando dos bicos, eu comecei a dar atenção aos textos que dividiam aquelas páginas. Em especial, sempre que estava no apartamento do meu tio, eu começava a “colecionar” algumas “Fábulas fabulosas” de Millôr – estranhas reinterpretações do clássico formato criado para encantar (e eventualmente educar) as crianças.

Não demorou muito até eu descobrir que muitas delas estavam reunidas num volume editado então pela Nórdica – e o livro virou minha “bíblia” de cabeceira. Se as fábulas eram acessíveis, porém, boa parte dos outros escritos (sobretudo aquele de conteúdo político) de Millôr eram quase incompreensíveis para mim na época. Mas eu gostava do que ele fazia com as palavras – do respeito com que Millôr usava cada uma delas, com a sua capacidade de brincar com seus significados, e com sua liberdade de reescrevê-las com propriedade e humor. O livro seguinte que comprei dele era uma espécie de biografia: uma coletânea de seus melhores (e mais divertidos) textos, chamado “Trinta anos de mim mesmo” (Nórdica) – que, aliás, emprestei para um amigo do colégio (Tomé) e lamentavelmente nunca mais vi… (Hoje tenho a reedição “enxuta”, publicada pela Desiderata, mas morro de saudades do volume original, com seus desenhos, diagramação e formato inusitados). Depois, comprei todos os outros. Millôr virou a obsessão mais adorável que eu jamais tive.

Foi nesse espírito que, nos idos do meu colegial – algo que hoje parece que se chama de ensino médio (sei, estou velho….) – num evento que era um espécie de olimpíada estudantil, com modalidades não só esportivas como artísticas também, eu ganhei, junto com minha amiga Malu, uma medalha de ouro em “declamação”. Os versos escolhidos? “Poesia matemática”, de Millôr Fernandes! Até hoje me lembro de como distribuímos o texto: “Às folhas tantas do livro matemático, um Quociente apaixonou-se um dia (Malu), doidamente (Zeca), por uma Incógnita (Malu)”… “Enfim, resolveram se casar (M), constituir um lar (Z), mais que um lar (M), um perpendicular (Z)”… O texto, que é de meados dos anos 50, parecia-me então extremamente moderno – e assim me parece até hoje. Meu breve interesse por poesia (um exercício criativo com o qual flertei brevemente), veio também dele. Por anos, seu “Papáverum Millôr” descansou na minha cabeceira – ao lado dos outros volumes que eu já tinha como clássicos.

E em todos esses anos, independente de qual revista, jornal – ou “saite” (por que eu acho que tenho que escrever esta palavra com aspas?) -, eu acho que consegui acompanhar quase tudo que Millôr escrevia. Eu era certamente seu maior fã à distância. Até que um dia, o acaso intercedeu para que eu pudesse finalmente conhecê-lo pessoalmente. Uma amiga – e queridíssima colega de trabalho – por anos teve uma convivência muito próxima a Millôr, algo que a gente pode classificar como “familiar”. O entusiasmo com que eu sempre falei de Millôr para ela, finalmente bateu no objeto de admiração. Não sei dos detalhes da abordagem, mas ela certamente deve ter contado para ele que um certo colega que trabalhava na TV era seu devoto incondicional. Na época (2004/05), eu tinha acabado de dar minha primeira volta ao mundo para o “Fantástico” e, por conta disso, creio, ganhei de Millôr um presente inestimável: uma reedição de uma revista que ele criou – e tocou brevemente -, chamada “Pif Paf”. Era uma obra comemorativa, dos quarenta anos da publicação – e na sua capa Millôr fez um desenho meu, andando em cima de um mundo em forma de bússola (junto, claro, de uma carinhosíssima dedicatória, mais a deliciosa assinatura: “Do Millôr, o último ponto confiável do zodíaco”!). Quem adivinhar quantas noites eu fiquei sem dormir olhando para aquela página (que hoje está devidamente emoldurada e pendurada no meu quarto) ganha um “hai-kai” – uma forma de poesia oriental que Millôr se esforçou por tornar popular entre os leitores brasileiros. (Exemplo: “Olho alarmado/ E se a vida for/ Do outro lado?” – para citar apenas um que tem a ver com a saudade…).

Eu poderia me considerar realizado com esse presente, mas minha amiga foi ainda mais generosa. Esperando uma brecha na saúde de Millôr – ela, que já estava mandando sinais de preocupação -, conseguimos marcar uma visita a seu “ateliê” em Ipanema, e depois um almoço. Para tentar retribuir a alegria de simplesmente conhecê-lo pessoalmente, levei dois livros de presente – não sem um certo receio de que ele, tradutor “master”, já os tivesse: “The meaning of Tingo”, e “The wonder of Whiffling”, ambos de Adam Jacot de Boinod, sobre palavras curiosas (respectivamente) das línguas do mundo, e da língua inglesa. Ou ele foi muito educado, ou eu realmente o surpreendi com o presente. O encontro – bem como o almoço – foi extremamente agradável e, para minha surpresa (uma vez que eu estava tão nervoso), fluido.

Desde então, pelo noticiário (e também por essa amiga em comum), acompanhava com tristeza suas complicações com a saúde. Até que semana passada recebi a tal mensagem de texto – enviada justamente por essa pessoa querida que era nosso elo. Assim como quando ele era vivo, corri atrás de tudo quanto era obituário, qualquer tipo de compilação ou homenagem que estivessem fazendo, como que para reavivar minha memória e minha paixão pelo “cara” que, como escrevi na dedicatória dos livros que lhe dei em mãos, “fez com que eu me apaixonasse pelas palavras”. Diante de um material tão farto, comecei a perceber que a maioria desses textos eram menos obituários em sua forma clássica, do que coletâneas das melhores frases e textos de Millôr. Nada mais justo, conclui: diante da tarefa quase impossível de superar a escrita do ídolo que acabara de morrer, jornalistas e escritores preferiram citar o próprio homenageado.

Seria facílimo para mim fazer aqui o mesmo. A fonte – de sabedoria, de inteligência, de humor, de ironia, de brilho – é praticamente infinita. Mas, como você viu, acabei optando por falar mais da minha relação com Millôr do que do próprio. Talvez apavorado pelo tamanho do gigante, preferi contar o que vi a sua sombra… Fora algumas breves definições lá em cima, trechos curtos de sua poesia – e o hai-kai (você pode encontrar outros no seu “saite”, que continua no ar) -, resisti ao máximo citá-lo, como se usar suas palavras fosse, pelo menos por agora, enquanto vivemos seu luto, uma apropriação vulgar. No entanto, sem saber bem como terminar essa “homenagem por tabela”, vejo-me obrigado a recorrer ao próprio Millôr para encontrar um ponto final – que, por sua vez, é quase uma reticência. Assim, reproduzo abaixo uma das palavras que ele me ensinou a reescrever:

Desp e  d   i     d        a

 

O refrão nosso de cada dia

“Up! Up! Up!”, Prinzhorn Dance School – saudades do White Stripes? Pois então eu gostaria de apresentar aqui uma banda que lembra bastante o duo do “irmão” White – quando não acrescentam um grau a mais de loucura no rock simples que els reinventaram. Confesso que tive dificuldade de escolher qual a música que queria que você conhecesse primeiro dessa dupla (todas são geniais). Mas já que esse espaço é dedicado a bons refrões, “Up! Up! Up!” é imbatível. Aproveite e descubra mais Prinzhorn Dance School: o segundo álbum deles, “Clay class”, acaba de sair!

 

 

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43 Comentários para “Outras palavras”

Páginas: [3] 2 1 »

  1. 43
    Aline:

    Oi Zeca… tudo bom? adoro as suas reportagens e entrevistas… e gostaria de sugerir uma entrevista sua com os atores do Vampire Diaries que estarão no Brasil agora no começo de junho… por favor, só você é capaz de uma entrevista inteligente com eles e mostrar como temos mais que samba, futebol e carnaval no Brasil… Obrigada. Aline

  2. 42
    Eneida Fiori:

    Olá, Zeca!

    Parabéns pelo seu lindo trabalho no jornalismo.
    Sou MUITO sua fã!

    Bem… como o assunto aqui é o queridíssimo Millôr, eu não poderia deixar de citar uma obra traduzida por ele: “Lisístrata: a greve de sexo” – de Aristófanes.
    Foi um dos primeiros livros que li quando iniciei o curso de Letras, na UERJ.
    A sua perfeita e divertida tradução me deixou encantada pelo seu trabalho!

    Ele era simplesmente fantástico!

  3. 41
    Jadir Moreira:

    Olá Zeca, gosto muito do seu trabalho, acompanho a alguns anos e sempre que posso, leio algo como os textos do blog ou assisto ao fantastico, enfim.

    Quero parabenizá-lo por todo trabalho etc. mas….
    Quero saber também se é de mais você entrar em contato comigo por e-mail, pelo e-mail que deixei aqui ou por msn, sei la… é o mesmo endereço.

    Sei que vc tem milhoes de fãs, gente louca, paparazzo, enfim, então, sei que provavelmente vc nao entrará em contato, mas, se puder fazer isso, eu agradeceria muito.

    Gostaria de pedir ajuda com uma coisa que não quero deixar publico aqui no blog.
    Obrigado e mais uma vez, parabens por todo o seu trabalho.
    Abraço.

  4. 40
    Ana Maria da Rocha Coelho:

    Prezado

    Sou leitora contumaz de seu blog, não obstante pouco o veja na TV, uma vez que meus domingos à noite são consumidos de outra forma.
    Mas hoje, não resisti ao ler que Cacaso é seu tio. Que coisa mais prazeirosa deve ter sido conviver com ele. Só conheci Cacaso por seus poemas. Fui apresentada a sua obra na FAFICH – UFMG e nunca mais o abandonei.Transmiti minha paixão às minhas filhas e hoje há 3 cacasetes apaixonadas em BH, que o declamam a 3 por 4 e têm Lero-lero como livro de cabeceira.

    “Ah se pelo menos o pensamento
    não sangrasse!
    Ah se pelo menos o coração
    não tivesse memória!
    Como seria menos linda
    e mais suave minha história!”

    Você devia gritar para o mundo inteiro: Cacaso é meu tio!!!! e com orgulho!!!!

    Resposta do Zeca – fala Ana Maria! Que ótima essa conexão! e creio que agora… está dito! Não preciso mais “esconder” essa inofrmação – ehe! Um abração!

  5. 39
    Platão Arantes:

    Amigo Zeca
    O Brasil vai do “Caburaí ao Chuí” desde 1930 documentos, fotos ata da colocação e inaulguração do marco colocado no topo do Monte Caburaí faz parte do livro “Do Cabuiraí ao Chuí” : https://www.youtube.com/watch?v=JhwN9nU7bW4 porque a Rede Globo que participou dessa expedição continua a afirma que o Extremo norte do Brasil é o Oiapoque?
    O Brasil é do Caburaí ao Chuí, no Rio Grande do Sul. Essa é a máxima
    que deve prevalecer a partir de então.

    Me manda teu endereço que te envio um livro “Do Caburaí ao Chuí”

    Platão Arantes
    Jornalista função repórter fotográfico registro 1.093 Fenaj
    plataopapillon@gmail.com
    0xx (95) 81129898

  6. 38
    Adriana Jorge:

    Querido,

    Muito legal essa sua forma carinhosa de falar de Millôr. Confesso que já tinha ouvido seu nome mas nunca acompanhei seu trabalho. Tenho muita admiração por outros jornalistas e que acompanho mais de perto ouvindo eles quase todos os dias, meus queridos Salomão Esper e José Paulo de Andrade, não sei se você os conhece, mas para mim são uma espécie de referência. Muitas vezes eu discordo com Zé Paulo, mas o respeito muito e penso sempre: que sorte tem esse Rafael Colombo, que pode desfrutar da sabedoria e da companhia deles quase diariamente. No que se refere a cultura, eu procuro aprender com um também querido chamado Zeca Camargo. Conhece? Muito legal ele. Tenho muito a aprender com vocês. Jornalismo não é meu sonho profissional, mas se fosse, seriam essas as minhas referências, as minhas fontes de inspiração.

    Tudo de bom para você.

    Beijos.

    Resposta do Zeca – fala Adriana! Seja bem-vinda, sempre que você quiser abraçar o Jornalismo! Um abração!

  7. 37
    Irisebell:

    Olá Zeca,

    Adoro seus posts.
    Realmente esse cara fez a difença, o Brasil perdeu um grande contribidor de novos horizontes e sabedoria.
    Feliz Aniversário Atrasado, parabéns!
    Eu também acho qe coincidencias não existem e nem acaso! Mas tem quem acredite…Bem legal seu tio ter sido escritor.

    Abraços!

  8. 36
    Lia:

    Olá Zeca, tudo bem?
    Primeiro eu quero desejar atrasado, um feliz aniversário com muita paz no seu coração, muita saúde e alegrias.

    Millor vai fazer muita falta. Eu gosto muito dos seus desenhos.

    UM GANDE ABRAÇO E CONTINUE SENDO UMA PESSOA MUITO SIMPÁTICA E PROFISSIONAL.
    DESCULPE OS ERRO NA ESCRITA.

    TCHAU ZECA.

    Reposta do Zeca – fala Lia! Obrigado pela lembrança! Um abraço!

  9. 35
    Maria Lúcia (Curitiba-Pr.):

    Parabéns Zeca!!!
    Feliz Aniversário,com muita saúde,amor,paz e sucesso sempre!!!

    V I V A O ZECA!!!
    Salve 08/04.
    Bjs…

    Resposta do Zeca – fala Maria Lucia! Muito obrigado, querida! Um abraço!

  10. 34
    As Minas:

    Fala,Zeca!Tudo certinho?Nós duas te desejamos um Feliz Níver,com muitas…muitas felicidades! Cê merece!Que esse Domingo de Páscoa seja abençoado por Deus!Beijão.

    Resposta do Zeca – fala Minas! Obrigadíssimo! E vamos na paz! Um abração!

  11. 33
    claudia:

    QUERIDISSIMO ZECA BELA HOMENAGEM AO MILLOR, PARABENS PELO NIVER BJS …

    Resposta do Zeca – fala Cláudia! Obrigado pela lembrança! Um abraço.

  12. 32
    Andréia:

    Salve Zeca!!
    ;-)
    Bem, uma vez que amanhã, 08/04, dia do seu aniversário, pode ocorrer de você estar em outro lugar, qualquer lugar – do mundo! -, pensei que seria interessante você conhecer algumas curiosidades a respeito de como alguns povos comemoram a data do nascimento. Talvez não venha a ser uma novidade, mas colecionei algumas e, “de presente”, lhe ofereço este “9 para 49”:

    1 – Na ÍNDIA, a data de aniversário é a celebração mais importante de todas, ganha até do Ano Novo. Então, se você estivesse lá, teria de começar a preparar a sua comemoração com alguns meses de antecedência. Isso porque a tradição pede que seja uma festa bonita, com direito a oferendas de frutas, ervas e flores aos deuses e um ritual que é conhecido como “Ritual do Fogo Sagrado”. Conduzido por um mestre espiritual, ele consiste em queimar defumadores e velas, enquanto se canta um mantra. Assim, eles acreditam que o aniversariante será purificado, afastará as energias negativas e estará, portanto, bem preparado para uma nova etapa de vida.

    2 – Imagina que legal poder transferir a data de aniversário para o dia do ano que você mais curte, escolher quando é que vai reunir a galera e comemorar mais um aninho? Na ESPANHA, bem, eles ainda não fazem isso, mas chegaram bem perto! A verdade é que muitos deles, de tão religiosos, preferem fazer aniversário com seu santo protetor a festejar no dia em que nasceram de fato. Então, se o santo preferido do moço é o São João, ele combina com a família e os amigos que só vai fazer bolo e assoprar velinhas, dali em diante. Já pensou se a moda pega?

    3 – Também por causa dos santos, na RÚSSIA é comum que a pessoa comemore o aniversário duas vezes por ano. Além de promoverem um agito quando completam mais um ano de vida, os russos festejam também no dia do santo protetor. Com a saudação ”Mnogoilheto”, que significa “muitos anos de vida”, a família e os amigos chegam para cumprimentar o aniversariante e aproveitam para fazer uma boquinha…
    4 – Em festas de aniversário na FINLÂNDIA o cardápio é magrinho. É muito raro alguém oferecer uma boca livre com direito a almoço ou jantar só para comemorar o aniversário. Lá, as pessoas costumam se reunir para um café da tarde com sorvetes, bolos secos, roscas de canela e biscoitinhos. Como diriam nossas avós, é só “pra não passar em branco”, mesmo!
    5 – Na ITÁLIA… Italiano adora uma festa. E com os aniversários não podia ser diferente! Porém, eles têm uma tradição interessante: quando a idade do aniversariante coincide com o dia da comemoração, daí a festa tem de ser de arrebentar! É assim: como você nasceu no dia 8, o seu aniversário de 8 anos foi o aniversário “d’oro”, o mais importante de todos.

    6 – VIETNÃ? Lá os aniversários não são comemorados individualmente, no dia do nascimento. A data passa completamente batida, sem bolo, sem parabéns, sem nada! O costume dos vietnamitas é comemorar todos os aniversários coletivamente, na época em que eles celebram o Ano Novo, entre 21 de janeiro e 9 de fevereiro, dependendo do calendário lunar.

    7 – IRLANDA? Quando o aniversariante é adulto, os amigos e convidados realizam uma peregrinação de pub em pub, bebendo uma cerveja em cada um em homenagem ao aniversariante.

    8 – TAILÃNDIA? Lá o aniversário é visto como uma data para realizar coisas boas como doações e trabalhos voluntários.

    9 – Enfim, na TURQUIA…
    https://burasiturquia.wordpress.com/2010/05/12/iyiki-dogdun/

    “Tesekkür ederim!” e,
    Um abraço forte + um beijo grande – de ANIVERSÁRIO!!!

    Resposta do Zeca – fala Andréia! Super-obrigado! Acho que já fiz minha opção… Próxomo aniversário será na Índia! Certamente não vou passar pela Finlândia – eheh! E Turquia, como sempre, é “hors concour”… Um abração e obrigado!

  13. 31
    ETEL LOURDES ROEHRIG (Porto Alegre/RS):

    Olá Zeca! FELIZ ANIVERSÁRIO e FELIZ DOMINGO DE PÁSCOA! Um abração, Etel.

    Resposta do Zeca – fala Etel!! Muitíssimo obrigado!!!! Um abração!

  14. 30
    quase generoso:

    Zeca dia 9/04 é o debut de 36min do ALABAMA SHAKES uma ode ao (Southern Rock, Blues Rock, Soul). Canções que apossam-se dos nossos tímpanos imediatamente e recompensa com mais êxtase subseqüente
    Uma violenta pedrada de nostalgia ao rock vintage!
    https://www.youtube.com/watch?v=91bpLBB1RzY&feature=player_embedded

    Resposta do Zeca – faça generoso! Estou “mega” de olho em Alabama Shakes – obrigado pela lembrança! Um abração!

  15. 29
    andrea valerio:

    Prezado Zeca Camargo,

    Além de ser admiradora de Millôr (há mais tempo do que você, dados os meus 50 anos) e de ter sentido essa morte como a de um amigo que nunca vi, tenho que lhe dizer da minha recente admiração por você.
    Há pouco mais de um ano, estava num avião vindo para Curitiba com meu filho, que tem Síndrome de Down.
    Você passou por nós, olhou para meu filho (ele já tinha me avisado: Mãe, o Zeca Camargo!) e deu um oi com uma simpatia e uma pureza de olhar que jamais esquecerei. Claro, meu filho ganhou o dia e fala até hoje que o Zeca Camargo deu um oi para ele.
    Nessa tarde de autógrafos que menciona em Curitiba, estava ouvindo sua entrevista no rádio e seu jeito tranquilo de falar me lembrou na hora – acredite se quiser – uma entrevista que o Millôr deu para a Globo há muitos anos. Sincronicidade, talvez.
    De qualquer forma, desejo-lhe, sempre, a melhor das sortes.

    Andrea Valério

    Resposta do Zeca – fala Andrea! Sempre a sincronicidade! Que bela lembrança. Um abração – para você e para o seu filho!

  16. 28
    Andréia:

    Oi Zeca!!
    :)
    Sabe, em um post de 09/2007, quando o assunto foi o livro “Tingo”, você mencionou o fato de ser sobrinho de Cacaso. Contou como a sua paixão pelas palavras havia nascido, o papel de Millôr Fernandes no processo, mas apenas para justificar esta sua paixão, pois, como você escreveu então: “O resto é uma história pessoal demais para contar aqui.”
    Bem, na época li “Tingo”; descobri mais de Millôr; pesquisei sobre Cacaso, seus escritos, poesias e, finalmente, encontrei uma estrofe assinada pelo sobrinho do poeta que, não à toa e desde então, estão juntas, guardadas em um mesmo “arquivo”:

    Quero você de longe
    De longe e de lembrança
    De saber que logo eu vou estar perto
    De te amar demais
    De vez.
    ZECA CAMARGO

    ———————————————————————————–

    Ah se pelo menos o pensamento não sangrasse!
    Ah se pelo menos o coração
    não tivesse memória!
    Como seria menos linda
    e mais suave minha história!”
    CACASO

    Enfim, ótimo fim de semana, Páscoa…
    Um abração!!

    Resposta do Zeca – fala Andréia! DNA? Será? Eheh! Um abração

  17. 27
    Sivaldo Reis:

    Meu Grande!

    Belo texto. Bela homenagem!

    Abraços!

  18. 26
    Emerson:

    Zeca, um dos melhores textos seus que já li! Millôr merece! Também não acredito em coincidências, mas sincronicidade é perfeito para descrever esses acontecimentos.

    A Sábia Ignorância:
    https://asabiaignorancia.blogspot.com/

  19. 25
    Cristiane:

    Oi, Zeca!
    Eu entrei em contato com a obra de Millô Fernandes quando eu era adolescente, na época do colégio, (também estou envelhecendo…). Nessa época eu fiz parte de um grupo de teatro amador que encenou a peça “Liberdade Liberdade”. E foi assim que tive o meu primeiro contato com Cecília Meireles – que tem um trecho de uma de suas poesias na peça. E foi assim que eu descobri que não nasci para ser atriz…
    Mas o meu contato com a obra de Millô Fernandes não foi muito além de “Liberdade Liberdade”.
    Quanto a Cacaso, bom, também era um grande ensaísta. Eu que gosto muito das músicas do Djavan tive um enorme prazer quando descobri que tinha um “Dedo de Cacaso” em “Lambada de Serpente”.
    Deixe o poeta falar por si só:

    https://www.youtube.com/watch?v=foKnk7YD1mk

    Ficarei alguns dias “fora do ar” é que o meu feriado de Páscoa se estenderá um pouco mais. Como não sei se passarei aqui na quinta, Boa Páscoa e um abração!

    Resposta do Zeca – fala Cristiane! Infinitamente grato pela “Lambada da serpente”! Um abração!

  20. 24
    Rosa Helena:

    Zeca,

    Lindo texto! Adorei a “Poesia Matemática”. É lindo ver como o ser humano é capaz de coisas maravilhosas usando seu talento e sua inteligência para o bem.
    E é triste perceber que outros seres humanos tendo inteligência e talento preferem trilhar um caminho sinistro. Se o caminho sinistro fosse prejudicar somente a quem o escolhe, tudo bem. Mas quando seres humanos trilham caminhos sinistros, terceiros são prejudicados.
    Gostaria de compartilhar o que senti desde que assisti trechos de um documentário “Garapa” de José Padilha. Estava assistindo um programa na TV e foi nele que vi trechos do documentário que mostra a miséria que vive uma maioria da população brasileira que nem o básico tem. Senti um misto de tristeza, indignação e revolta. O Brasil é um país rico, mas o dinheiro e as riquezas sempre foram desviadas. Ainda estou lendo “1808″ de Laurentino Gomes. Eu me interessei por esse livro justamente porque aqui não mostra a história como um “conto de fadas” de reis, rainhas e príncipes e sim a verdade dos fatos. E é lamentável perceber que herdamos esse espírito corrupto.
    Nós achamos que corrupção é desvio de verbas públicas ou fraudes em serviços contratados. É também.
    Mas a corrupção pode ser praticada por qualquer um, infelizmente. Nem sempre a corrupção está associada a dinheiro. Pode ser uma atitude. Quer um exemplo? Estacionar na vaga de idosos e deficientes. Nos transportes públicos, sentar nas vagas reservadas. Porque corrupção é um estado de deterioração.
    Para acabar com a corrupção temos que olhar primeiro para nós mesmos e verificar se existe algo deteriorado em nós. Se todos se examinarem já é um passo para que o espírito corrupto seja extirpado. Começa em mim.
    É um absurdo saber que esse país tem capacidade de abraçar a todos os brasileiros com condições dignas de vida e não o faz porque existe uma podridão instalada. Enquanto essa podridão existir continuaremos a ver crianças se alimentando de água com açucar uma vez por dia.
    Zeca, me perdoe usar esse espaço para falar de outro assunto, mas eu precisava falar.

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