7 de junho de 2020

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O jornalista iemenita Nabil Hasan al-Quaety morreu na cidade de Adem, no sul do Iêmen, na terça-feira, depois de ser baleado em seu carro. Ele tinha 34 anos e relatou extensivamente a guerra civil em curso no país.

Al-Quaety, que contribuiu para a Agence France-Presse entre outras organizações de notícias, apoiou abertamente a independência do Iêmen do Sul. O Conselho de Transição do Sul, anteriormente um aliado do governo, está atualmente em conflito contra ele. Ambos os lados também se opõem aos rebeldes houthis. Tanto o conselho quanto o governo pediram que sua morte fosse investigada.

Vários agressores atacaram al-Quaety logo depois que ele deixou sua casa nas proximidades e, segundo as autoridades de segurança, fugiram. Ele deixa três filhos e sua esposa grávida. Como freelancer, ele foi finalista do Rory Peck Awards de 2016 por sua cobertura do conflito. Em 2019, sobreviveu a um ataque de drone que deixou seis soldados mortos. O chefe de segurança da cidade, Abdullah al-Jahafi, anunciou no Facebook na terça-feira que havia suspeitos sob custódia.

"O assassinato de Nabil é inaceitável e constitui um novo golpe terrível para o jornalismo no Iêmen [...] os jornalistas agora são alvos favoritos, independentemente da região que cobrem", disse Sabrina Bennoui, da Repórteres Sem Fronteiras. Phil Chetwynd, diretor de notícias globais da AFP, considerou o caso uma "morte sem sentido de um jornalista corajoso fazendo seu trabalho, apesar das ameaças e intimidações". Chetwynd também elogiou a qualidade do trabalho de al-Quaety.

Fontes