Política
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Por Marcelo Ribeiro e Raphael Di Cunto, Valor — Brasília


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta quarta-feira a interferência do presidente Jair Bolsonaro na eleição da Mesa Diretora da Casa e disse que o chefe do Executivo quer transformar o Congresso em um "anexo do Palácio do Planalto".

"É um alerta aos deputados de que a intenção do presidente é transformar o Parlamento num anexo do Palácio do Planalto, o que enfraquece o mandato de cada deputado e cada deputada e principalmente o protagonismo da Câmara nos debates com a sociedade. A frase dele é a prova de que precisamos de um candidato que dialogue, que tenha equilíbrio como o Baleia [Rossi], que não seja de oposição ao governo, mas que entenda que o Parlamento é outro Poder".

Rodrigo Maia  — Foto: Imagem Valor Econômico
Rodrigo Maia — Foto: Imagem Valor Econômico

O deputado também disse que, pelas suas contas e “pelo orçamento que teremos em 2021, [Bolsonaro] vai dar pelo menos R$ 20 bilhões de emendas extra-orçamentárias" para quem apoia Arthur Lira (PP-AL), candidato do Planalto na disputa. "Da forma como o governo quer formar maioria aqui, não vai dar certo, porque o ambiente dessas promessas não será cumprido porque não há esse espaço fiscal".

Sobre o racha do Democratas em relação a disputa pelo comando da Câmara, Maia disse que o partido ficará no bloco que sustenta candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP). "Existem divergências como existem em todos os partidos, mesmo nos partidos da base, onde os deputados divergem, mas não falam com medo de represálias, de pressão, de ameaças. Temos um partido que respeita a opinião. Tenho certeza que DEM estará no bloco de Baleia e faremos maioria para colaborar com a vitória dele".

Antes da coletiva, Maia chegou a abrir a reunião da Mesa Diretora para tentar votar cronograma da eleição da presidência da Câmara, mas encerrou o encontro por falta de quórum mínimo. "Chegaram atrasados. Eu abri a sessão às 17h, perguntei pelos titulares da Mesa, não tinha nenhum presente e eu encerrei a sessão. Eles que convocaram".

Pouco antes de encerrar a entrevista, ele informou que os integrantes da Mesa já o aguardavam para iniciar a reunião. Apesar da pressão de aliados de Lira para que a votação em primeiro turno comece às 17h, Maia disse que a prerrogativa da decisão é do presidente da Casa.

O presidente da Câmara reforçou ter sido contrário a realização de votação integralmente presencial na eleição da Mesa, inclusive por parlamentares do grupo de risco.

"A Mesa decidiu, contra o meu voto, o do Luciano Bivar e do Mario Heringer, que a votação deverá ser presencial para todos. Eu alertei que isso não era o melhor para os parlamentares, para os servidores, para os terceirizados e para a imprensa que cobre o Congresso. Mas a Mesa decidiu dessa forma. Assim sendo, estamos organizando da melhor forma possível para que a gente garanta o máximo distanciamento entre todos no dia 1º de fevereiro", afirmou.

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