Roteiro perfeito em Marvila
Cafés, restaurantes, lojas, galerias e espaços culturais. Fomos conhecer as maravilhas de Marvila.
Até há pouco tempo, era o ponto cardeal mais desprezado de Lisboa, mas, lentamente, começou a ganhar vida e pontos de interesse. É, aliás, a única zona da cidade em acelerada renovação sem ter o turismo como alavanca. É em Marvila que tem sido semeado talento e criatividade que fertiliza dezenas de novos projectos, sempre com a ajuda dos armazéns que o bairro ainda vai disponibilizando, quer seja para abrir galerias de arte, restaurantes ou fábricas de cerveja. Eis uma longa série de desculpas para rumar ao bairro da moda e descobrir a maravilha que é Marvila, das galerias aos restaurantes, passando pelas lojas e cervejeiras.
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Roteiro perfeito em Marvila
Atelier Henrique Sá Pessoa
O atelier de Henrique Sá Pessoa é uma incubadora de ideias para o estrelado Alma e para o Tapisco. O chef quer encher a mesa comprida com 12 pessoas, em não mais do que grupos de quatro, para criar sinergias e haver networking, ao mesmo tempo que apresenta os pratos de teste para os seus restaurantes. Aceita marcações.
The Royal Rawness
A cafetaria Royal Rawness veio do Porto para Marvila com um menu de pastelaria e brunch muito composto e o café de especialidade como principal foco. Tem uma mesa de madeira gigantesca, para fazer novos amigos enquanto bebe o expresso da manhã ou para ficar a trabalhar tranquilamente. A torra é feita em Lisboa e aqui vai encontrar à venda os pacotes com os vários blends da casa.
Café com Calma
Nada como começar um dia com calma. Rita Estanislau abriu o Café Com Calma na Marvila semideserta de 2015 para quem o visitar poder desfrutar com vagar, seja para um pequeno-almoço, almoço (servem refeições ligeiras e têm menu de almoço) ou lanche. A decoração é kitsch e confortável e a comida do mais caseiro que há.
Tem-plate
Marvila guarda cervejeiras, armazéns, galerias e coworks, mas é recente esta pérola do bairro: a loja de luxo Tem-plate, uma montra de marcas que chegam pela primeira vez a Portugal. O aspecto de galeria futurista lança o repto para o projecto criado por Robby Vekemans e Rune Park, que trouxeram para o lado oriental da cidade a moda de passerelle. O espaço é amplo, com uma estética minimal e quase industrial, e dos charriots pendem peças de marcas como Acne, Jacquemus, JW Anderson, Loewe, Comme des Garçons ou Maison Margiela.
Biblioteca de Marvila
É a mais recente e a maior biblioteca de Lisboa. Uma casa senhorial abandonada há décadas foi ocupada por um auditório com 187 lugares, uma horta comunitária e 23 mil obras para consulta com foco na arte urbana e cultura hip-hop.
Tomaz Hipólito Studio
O armazém renovado funciona como ateliê do artista Tomaz Hipólito e no andar de cima está a arquitecta Helena Botelho. Desde Outubro, tem um projecto de residências para artistas internacionais, com duração entre um a seis meses. Regularmente organizam open-days.
Damage InKorporation
Ele é realismo, ele é oriental (lá que está a Oriente, está), ele é tribal, ele até é aquelas lamechices que, volta e meia, alguém se lembra de tatuar, não fosse também um estúdio de tatuagens cheio de personalidade. O Demage InKorporation abriu em 2012 e escolheu logo ficar de fora do grande centro. Lá dentro, há vitrines que merecem ser vistas de perto – relíquias de tatuador, de um lado, uma colecção de máscaras do outro. Ah e este estúdio tem um extra logo à entrada. A Barbearia Oliveira encaixou aqui que nem uma luva e veio subir o nível à mudança de visual.
Fábrica Musa
Pedro Lima, cervejeiro da Musa, guia-nos por um roteiro de produção, da sala onde se moem os cereais à máquina que faz o engarrafamento. São silos metálicos enormes, onde um dia, mais tarde, gostaríamos de mergulhar. É este o responsável pela diversão de muitos que aqui estão, que podem, se assim for seu interesse, subir ao lounge com vista para a fábrica e fazer todas as perguntas. Eis a Fábrica Musa, que junta bar e fábrica, consumo e produção e ainda um programa regular para acompanhar com os copos neste fresquíssimo pouso da zona.
Cenas a Pedal
Ana Pereira e Bruno Santos chegaram a estar no centro de Lisboa, na Álvares Cabral, e mudaram-se para Marvila onde têm uma escola de bicicleta para todas as idades, uma loja, uma garagem de reparação e espaço para tudo o que tenha a ver com bicicletas – de exibição de filmes a workshops.
Refeitório do Senhor Abel
Com um avô italiano, Chakall sempre esteve ligado a esta cultura e o sonho de ter um restaurante dedicado à comida italiana concretizou-se no Refeitório do Senhor Abel, em pleno coração de Marvila, nos antigos armazéns Abel Pereira da Fonseca. À comida junta-se a bebida do Heterónimo Baar, o bar que complementa o restaurante, ambos inspirados no poeta Fernando Pessoa, com a curadoria de Miguel Tojal, que se juntou ao chef neste projecto, e a mestria do bartender Sandro Pimenta.
Spot Real
Quatro amigos quiseram pôr um bairro meio adormecido aos saltos. Hilário, Ângelo, Nuno e Ricardo transformaram um armazém abandonado no Poço do Bispo na primeira academia de parkour do país. Há espaço para os malabarismos dos habitués, mas também para principiantes, que a partir dos seis anos podem atirar-se de cabeça para uma irresistível piscina de esponja.
Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual
A Ar.Co ocupa desde 2017 as instalações do antigo Mercado de Xabregas, na parte oriental da cidade. O complexo, remodelado segundo projecto do arquitecto João Santa-Rita, alberga espaços oficinais, laboratórios de fotografia, estúdio de fotografia/cinema, e outras valências associadas ao ensino de artes visuais. A história da instituição, com o seu carácter experimental, remonta a 1973.
Kaizen Art
O cabo-verdiano Kwenda, natural da ilha do Sal, estudou engenharia, mas o que o interessou mais foi a “engenharia interior”, como lhe chama. Ajudar as pessoas “de uma maneira mais profunda”, trabalhando a parte física, através de actividades como a dança tribal e o projecto kaizen dance, que lhe deu fama em festivais de dança internacionais. Deu aulas em vários espaços da cidade e abriu o seu próprio, na Rua do Açúcar, um incrível open-space numa antiga fábrica de acrílico. Há aulas de kaizen dance e kizomba, yoga kundalini e capoeira.
Officina Moto
Os fanáticos de motas têm aqui o seu paraíso. Numa zona de garagens e mecânicos, Miguel Vasconcelos abriu a Officina Moto em 2015, uma mistura entre stand, loja especializada com peças e acessórios, bar e representante de marcas como a Vespa ou a Piaggio. São aqui também os encontros do Riders Social Club.
Galeria Francisco Fino
Viveu nos Estados Unidos, onde estudou e trabalhou numa leiloeira de arte contemporânea, e pensou em abrir uma galeria em Nova Iorque. Por mero acaso, numa visita a outras galerias de Marvila, passou em frente ao armazém devoluto onde hoje fica a galeria com o seu nome e decidiu remodelá-lo. “Interessava-me estar perto das outras galerias”, conta.Chegou ao bairro em Maio de 2017 e ficou surpreendido com a afluência de visitantes. A galeria tem duas salas de exposição, uma delas preparada para instalações de vídeo, e em breve terá também um terraço.
Fábrica Moderna
"Uma oficina criativa partilhada (...) onde se transformam ideias em produtos." É assim que a Fábrica Moderna se apresenta no seu site. Neste espaço, pessoas e empresas podem partilhar conhecimentos para que as suas ideias ganhem forma. A Fábrica dinamiza, ainda, workshops e oferece apoio ao lançamento de produtos.
Lince
Tudo começou como uma brincadeira, “a fazer cerveja em casa em baldes”, e tornou-se um “emprego full-time”. António Carriço e Pedro Vieira, criadores da cerveja artesanal Lince, trabalharam juntos na Vodafone. A paixão por cerveja, semelhante “a cozinhar”, levou-os a arranjar um armazém na Rua do Açúcar, onde montaram uma fábrica. Por enquanto, a Lince tem quatro à venda: uma stout, uma blonde, uma belgian pale ale e uma american IPA.
Museu Nacional do Azulejo
O azulejo é a prova física do sentido prático dos portugueses que escolheram este material convencionalmente pobre para decorar espaços interiores e edifícios. No Museu, instalado no Convento da Madre de Deus, estão representados alguns dos mais significativos exemplares da azulejaria nacional, do século XV até aos nossos dias
Instituto do Animal
Sílvia Machado é a directora e fundadora do Instituto do Animal, um projecto cujo primeiro propósito é oferecer formação tanto a cães, como a donos e profissionais da área. Também funciona como creche, tornando-se no primeiro espaço de Lisboa a oferecer este tipo de serviço. Localizado no Jardim do Poço do Bispo, em Marvila, actua na área da Grande Lisboa, disponibilizando um serviço de transporte que vai buscar os animais a casa sempre que os pais babados precisarem. Treino para andar à trela sem puxar, obediência à chamada e acções de sociabilização são alguns dos programas de que pode usufruir. Para entrarem, os cães passam primeiro por uma entrevista em que é avaliado o comportamento e outros factores. Além disto, os requisitos de entrada para a creche são: ter idade igual ou superior a 3 meses, vacinas em dia e desparasitação feita há menos de 3 meses.
Entra
Quem entra, nem sabe o que o espera. Candeeiros que são garrafas de vinho e um menu que não existe: é surpresa, uma surpresa bem em conta (19,50€ com pão e azeite, duas entradas, dois pratos – de carne e peixe – e uma degustação de sobremesas). Quando abriu, em 2010, Marvila estava longe de ser um bairro da moda, mas os amigos Pedro Marques e Luís Magalhães e o seu Entra sobreviveram para ver a zona ganhar vida.
Cantinho do Vintage
Nem toda a gente gosta de ter uma casa igual ao catálogo do Ikea e não há arquitectura moderna onde não encaixe que nem uma luva uma ou outra peça vintage. No Cantinho do Vintage, local de romaria de muitos lisboetas aos sábados, as peças de mobiliário e os acessórios de decoração de outros tempos amontoam-se sobre mesas, estantes, carrinhos e armários. Vale a pena ir com tempo para descobrir as melhores pérolas.
Capitão Leitão
Cocktails, cerveja Lince, a loja de discos mais pequena da cidade, DJ sets, uma casa de banho mexicana e boa onda. O Capitão Leitão anima as tardes e noites de Marvila com tudo isto e muito mais. Viviana Baptista e o marido, Will Grant, fugiram de Londres para Lisboa em 2016 e começaram a organizar as matinés Studio Club com DJs internacionais em vários espaços. Mudaram-se para o bairro e abriram o bar onde o espaço reduzido não tem sido limitação para nada – nem para dançar, nem para organizar uma pequena feira de discos em segunda mão.
A Casa do Bacalhau
A Time Out costuma definir este restaurante como o sítio certo para apanhar uma overdose de bacalhau. A brincadeira é óbvia, mas ainda não encontrámos melhor forma de descrever uma casa – casa a sério, com arcos de pedra, que em tempos albergaram as cavalariças do Palácio do Duque de Lafões – onde são tão fiéis ao fiel amigo que ele está representado em mais de 20 pratos. Do à Brás ao Gomes de Sá, do Margarida da Praça ao Zé do Pipo, encontra os suspeitos do costume e ainda aquelas partes menos nobres, como a língua ou as caras. Perfeito para: levar um amigo estrangeiro de visita a Lisboa. E fazer um brilharete, claro.
Vertigo Climbing Center
Se quer levar a mania de andar a trepar paredes à letra, vai encontrar no Vertigo uma plataforma de escalada com 300 m2. O primeiro rocódromo indoor de Lisboa nasceu em 2014 e tem paredes que batem o Grand Canyon aos pontos, além de ginásio, bar, esplanada e loja. Se sofre de vertigens, das duas uma: ou alinha num curso de iniciação que não vai acima dos 20 metros, ou se mantém afastado da zona mais radical de Marvila.
Dois Corvos
Gosta de cerveja artesanal? Na Tap Room da cervejaria Dois Corvos pode provar a bebida e espreitar a fábrica onde ela é produzida. À sua disposição estão cervejas engarrafadas e várias à pressão, que vão mudando consoante a produção. Os indecisos podem pedir um tasting tray com cinco cervejas e fazer um pijaminha alcoólico.
EKA Palace
Este centro cultural alternativo tem um terraço, o Floating Garden, onde pode descansar os olhos das folhas de Excel e esquecer aquele “reply to all” que fez sem querer. O Eka Palace tem ainda exposições, festas e aulas de dança, para aqueles dias em que precisa mesmo do seu Bharata Natyam (dança clássica indiana).
Galeria Underdogs
Foi uma das primeiras a vir marcar território para estas bandas. A galeria é um entra e sai de artistas e dá todos os anos à cidade exposições memoráveis. Maria Imaginário já encheu o armazém com balões, André da Loba deu largas ao que vai passando pela imaginação humana, Wasted Rita fez da galeria um parque de diversões da vida, enfim tudo coisas épicas. O foco está quase sempre na arte urbana e quando um artista pisa a Underdogs, é quase certo que vai levar a sua arte muito além da galeria. Por toda a cidade, há murais e empenas que provam a passagem de dezenas de artistas por Lisboa.
El Bulo Social Club
Chakall tem em Marvila um restaurante do tamanho da Argentina. Ok, é ligeiramente mais pequeno, com 1300 metros quadrados, mas tem espaço para o chef dar asas à imaginação. De uma cozinha saem ceviches e nacos de carne para o restaurante, da outra repastos para o catering, mais um negócio da casa. À entrada, há ainda uma loja com produtos argentinos.
Fábrica Braço de Prata
Este centro cultural instalou-se na antiga Fábrica de Material de Guerra em 2007. Mas a cantiga é uma arma e a luta por dar lugar a variadas expressões artísticas continua numa das fábricas culturais mais dinâmicas de Lisboa. Aqui há mais de uma dezena de salas, que num dia recebem concertos e noutro transformam-se em espaço de debate ou de exposições. Se estiver com fome, pode matá-la no restaurante da casa (jantares de quarta a sábado, e serve desde as 18.00 até ao fecho).
Teatro Meridional
Nasceu em 1992 e instalou-se em Marvila, quando ainda ninguém imaginava que aquele amontoado de armazéns poderia alguma vez estar na moda. Fique atento à programação da companhia de teatro no site.
Revivigi
À primeira vista parece um armazém atolado de móveis do chão até ao tecto. Mas com mais atenção vemos que estamos perante peças orientais, esculpidas em madeira, que não se encontram em mais lado nenhum. Vêm da China, do Tibete ou da Mongólia. É, de facto, o mais a Oriente que conseguimos estar em Lisboa.
Lisbon Work Hub
Se trabalhar num espaço de cowork é fixe, então imagine trabalhar num bairro alternativo que se quer transformar rapidamente no sítio-onde-todos-querem-estar. Os níveis de estilo aumentam radicalmente. Junte a isto a ideia de passar os dias dentro de um antigo armazém de vinho, com uma fachada art déco e gabinetes modernaços. É admiração garantida. Uma secretária fica a 160€ por mês.
Crossfit Alvalade Oriente
Não se deixe levar pelo nome: esta box de crossfit fica no mais emblemático largo de Marvila e não em Alvalade, onde mora o irmão mais velho. Praticantes ou aspirantes à modalidade diabólica, encontram aqui o seu bocadinho de Inferno.
Galeria Filomena Soares
É dos primeiros nomes que nos vem à cabeça quando pensamos no circuito das galerias de arte da cidade. É um daqueles armazéns de sonho, branquinho até mais não. Pelo programa de exposições, passam sempre artistas internacionais de alto gabarito, sem falar nos nomes que a Galeria Filomena Soares representa: Ângela Ferreira, Helena Almeida, Pedro Barateiro e Rui Chafes andam nas bocas do mundo, mas a casa deles é aqui, na Rua da Manutenção.
Varanda do Vale Formoso
Apesar do nome, não espere formosura em nada, a não ser na comida. O bacalhau à Brás tem boa fama, tal como o bitoque de vaca, que ganhou o primeiro lugar num concurso da Coca-Cola, escolhido pelo chef Alexandre Silva.
Aquele lugar que não existe
Aquele lugar que não existe existe. Mas não quer ser divulgado nos meios de comunicação social. Ups. Dizemos apenas do essencial para o convencer a atravessar a cidade e sentar-se à mesa de um dos sítios mais originais a abrir nos últimos tempos. Trata-se de um armazém gigantesco em Marvila, decorado com muitas madeiras, peças antigas, panos pendurados no tecto, mesas, cadeiras e bancos todos diferentes. A ementa tem toques asiáticos e de outros cantos do mundo, como as pizzas mexicanas ou tailandesas, feitas em forno de lenha. O serviço é simpático e descontraído e é um daqueles restaurantes bons para jantar e seguir nos copos sem sair do lugar. Agora guarde o segredo porque este lugar quer manter-se semi-secreto. Que assim seja.
Dinastia Tang
De uma bela história de amor entre uma portuguesa e um chinês nasceu este restaurante onde não vai encontrar vitrais iluminados, cascatas plastificadas, candeeiros de papel ou gatinhos dourados a dizer adeus. Uma antiga fábrica de vinhos onde agora não faltam recantos românticos para degustar pratos requintados como raiz de lótus ou ovos de mil anos com tofu de seda.
Outros bairros lisboetas
O melhor do Príncipe Real
Por ocasião dos 50 anos da Time Out, os editores de todo o mundo elegeram os 50 bairros mais cool do momento. O Príncipe Real ficou em 5.º lugar. O que quer afinal dizer cool? É um anglicismo, uma daquelas palavras certeiras dos camones para a qual não temos equivalente imediato. Ou então temos demais. Cool é incrível, invejável, desejável, pode ser espectacular, óptimo, bom, maneiro, porreiro, giro, divertido, bacano, yo!, fixe, bestial. Cool é o novo que nunca saiu de moda, que tem pinta e é supimpa. Cool é uma atitude sem pose, uma tendência que tende a não querer saber disso. Cool é uma unidade de medida relativamente rigorosa, vagamente objectiva, usada genericamente para avaliar o grau de estilo de alguma coisa. Ora, isto é tudo o que acontece no Príncipe Real, onde as novidades se sucedem, as referências se mantêm e as figuras convivem, onde o novo se alicerça no antigo e a cidade não se expulsa a si mesma. E isso é realmente cool.
O melhor da Graça
A melhor varanda para contemplar Lisboa está aqui e, provavelmente, a mais instragramada. Há cada vez mais tuk-tuks, é verdade, mas também há cada vez mais vida de bairro a acontecer, da tasca ao mini mercado. Não deixe esta colina entregue exclusivamente aos turistas, aliás que esteja longe de acontecer essa possibilidade. É um dos sítios para se desgraçar na cidade e beber copos até ser hora de rumar para outro lado, e onde pode petiscar antes num dos restaurantes da colina. Reclame para si o melhor das mesas, da cerveja artesanal e dos destinos nocturnos da Graça e siga o nosso roteiro recheado com o melhor que este bairro guarda.
O melhor de Santos e Madragoa
Gelatarias, brunchs, mercearias alternativas, bares, restaurantes ou galerias. Há muito para explorar nesta lista quase infindável de atracções em Santos e na vizinha Madragoa, o bairro que tem recebido cada vez mais inquilinos e onde tropeça todos os meses num negócio novo. Santos é, aliás, um autêntico Design District, com lojas de decoração e design aos pontapés. Já para não falar de ser um epicentro cultural de museus e galerias de arte contemporânea. E, se está a ficar com medo de se perder com tanta oferta, não se preocupe, porque fazemos questão de lhe traçar um roteiro pela zona.