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PRO PHALARIS ISSN 1647-8258 AGRACIAMENTOS PORTUGUESES AOS PRÍNCIPES DA CASA SAXE-COBURGO-GOTA José Vicente de Bragança irmã ao Brasil, tendo aí residido até à abdicação de seu cunhado, em 1831. Terminado o reinado d’el-Rei D. João VI os acontecimentos que se seguiram – outorga da Carta Consitucional por D. Pedro, na sua qualidade de herdeiro (embora contestado) da Coroa portuguesa, sua abdicação na Infanta D. Maria, princesa do Grão-Pará, aclamação em Cortes do Infante D. Miguel, como rei de Portugal e a guerra civil – não foram de molde a que Portugal manivesse uma políica de relações estáveis com as restantes Cortes europeias. Longe estavam os tempos em que D. João VI após a ‘Restauração dos seus Direitos’, em 1823, retribuiu as condecorações que havia recebido dos principais monarcas europeus. Foi assim o escolhido por D. Pedro para casar com a rainha (PALMELA, 300, 301) tendo o assunto sido submeido pelo governo às Cortes, logo em 1 de Setembro, de acordo com a Carta Consitucional – que prescrevia no seu arigo 90º que à Princesa Herdeira presuniva da Coroa estava vedado o casamento com estrangeiro -, as quais asseniram por larga maioria, não sem ter havido votos contra por parte da oposição (BONIFÁCIO, 2013: 50). O diplomata Ildefonso Leopoldo Bayard, que já havia negociado o casamento de D. Pedro com D. Amélia de Leuchtenberg pariu para Munique onde negociou, formulou e assinou o tratado matrimonial a 8 de Novembro de 1834. O casamento por procuração Ter-se-ia de esperar pelo início do reinado de D. Maria II para, por ocasião dos seus dois casamentos, se retomar a políica de agraciamentos de soberanos e príncipes estrangeiros. Com a vitória das tropas liberais em 1834, pondo im à devastadora guerra civil, perante a renúncia à Regência por D. Pedro, duque de Bragança, em 18 de Setembro de 1834, a jovem princesa D. Maria, declarada maior de idade pelas Cortes cinge a coroa como D. Maria II prestando juramento a 20 do mesmo mês (BONIFÁCIO, 2004: 519-545). Urgia através do casamento da jovem rainha estabelecer alianças com outras casas reinantes e, consolidar o reconhecimento internacional do novo regime. D. Pedro I, Imperador do Brasil havia casado em segundas núpcias com a princesa D. Amélia Augusta de Beauharnais (1812-1873), ilha do General príncipe Eugénio de Beauharnais (1781-1824), duque de Leuchtenberg e príncipe de Eichstadt, ilho adopivo do Imperador Napoleão I, e de sua mulher a princesa Augusta Amélia de Witelsbach (1788-1851) ilha de Maximiliano I, rei da Baviera. O irmão de D. Augusta Amélia, o príncipe Augusto Carlos Eugénio Napoleão de Beauharnais (18101835), II duque de Leuchtenberg, príncipe de Eichstadt, agraciado com o ítulo de duque de Santa Cruz pelo Imperador brasileiro, acompanhou sua S.A.R. Dom Augusto de Portugal, Duque de Leuchtenberg, Príncipe de Eichstaedt. J. Woelte c. 1835. BNP 3 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 realizou-se em 1 de Dezembro de 1834, em Munique (BONIFÁCIO, 2005: 59-66). (AMORIM, 103). De notar que, embora esta condecoração não conste da lista publicada por Ferdinand Veldekens (VELDEKENS, 1858: I, 171,226), tal poderá explicarse, conforme o notável estudo do insigne falerista Coronel E.M. Eric Tripnaux-Mounin pelo facto do Rei Leopoldo I no início do seu reinado ter conferido agraciamentos de motu proprio, sem obter a legalmente prevista referenda ministerial, e por vezes sem publicação na gazeta oicial (TRIPNAUX, 2008: 168, 177). E, nesta data a Rainha concedeu ao Príncipe consorte Augusto de Beauharnais, a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens Militares (Carta Régia [CR] 1.12.1834), e a sua mãe a princesa Augusta Amália da Baviera, duquesa de Leuchtenberg, a Ordem de Santa Isabel (ESTRELA, 2009: 62,63; ANTT - MR, 914: 18 e 17). Tendo o príncipe chegado a Lisboa a 25 de Janeiro de 1835, o casamento em presença realizou-se na Sé de Lisboa, no dia seguinte. Em retribuição D. Maria II decidiu agraciar o soberano, à revelia do que inha sido o costume da Coroa, conferindo a Leopoldo I a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (CR de 23.03.1835) (ANTT - MR, 914: 19v) - um autor belga, certamente por lapso, indica a data de 23 de Março de 1853 (DUCHESNE, 1965: 473). O agraciamento controverso de Leopoldo I, rei dos belgas Porém, o príncipe de Leuchtenberg na sua viagem para Lisboa, passou pela Bélgica, sendo recebido pelo rei Leopoldo I, rei dos Belgas (1831-1865). E, de acordo com o relato de João Bapista da Silva Leitão de Almeida Garret, Encarregado de Negócios em Bruxelas (VALDEZ, 74), em oício datado de 11 de Janeiro de 1835 dirigido ao conde de Vila Real, Leopoldo I recebeu o Príncipe Augusto em Bruxelas com todas as honras convidando-o para jantar e conferindo-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Leopoldo, cujas insígnias lhe foram entregues, em nome d’elRei, pelo conde Félix Amadeus de Mûelenaere (1793 – 1862), Ministro dos Negócios Estrangeiros, na Legação de Portugal, a 8 de Janeiro de 1835 E isto, pese embora as excelentes relações que o rei dos belgas sempre manteve com o pai da rainha, Dom Pedro, duque de Bragança, e o apoio que prestou à Causa Liberal, designadamente permiindo o recrutamento de soldados na Bélgica e acolhendo e protegendo muitos liberais emigrados após 1828, e sendo que a Bélgica esteve entre as primeiras potências a reconhecer a realeza de D. Maria II, em Outubro de 1833, ainda antes de terminada a guerra civil. Almeida Garret integrou a comiiva que acompanhou o Príncipe Augusto na viagem para Lisboa, em Janeiro de 1835 e, regressado a Bruxelas, em inais de Maio de 1835, levou consigo o encargo de fazer a entrega ao Rei Leopoldo das insígnias de Grã-Cruz da Ordem de Cristo. O desagrado que este insólito agraciamento provocou em Bruxelas é bem patente e explicado no oício que Garret endereçou, a 26 de Maio de 1835, ao conde de Vila Real, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros: «…El-rei se sentiu muito de que em retribuição pelos extraordinários obséquios que, não só ele, mas que a nação belga toda fez a Sua Alteza real o príncipe Dom Augusto de saudosa memória, a nossa Corte lhe enviasse a ordem de Cristo, que também não só ele mas todo o mundo aqui sabe quão pouco estimada é hoje dentro e fora do reino, que nunca se enviou por si só a nenhum soberano, que no mesmo grau em que a ele se deu, não só muitas vezes antes, mas naquela mesma ocasião fora dada a pessoas de condição tão inferior á sua, que me verdade maravilha fora se uma testa coroada se não ofendesse da comparação. Nem el-rei (que silenciosamente e sem uma palavra recebeu a insígnia que lhe entreguei, conversando Leopoldo I, Rei dos belgas (1790-1865), Bruxelas, Real Museu das Forças Armadas e da História Militar (The Bridgeman Art Library/Gety Images) 4 PRO PHALARIS 14.07.1835). Garret viria a ser agraciado também pelo Rei Leopoldo I, com o grau de Oicial da Ordem de Leopoldo, em 7 de Agosto de 1838 (VELDEKENS, 1858: II, 646). longamente, com uma espécie de afectação, comigo sobre outros objectos), nem ao ministro ouvi uma palavra que pudesse traduzir-se, nem retroto collo, neste sentido, mas por vias seguras – e, pela voz geral, pública, e de nenhum modo disfarçada, o conheci, nem me posso fazer ilusão sobre estas coisas» (AMORIM, 116-122). Reforçando o tratamento diferenciado dado pelo regime a monarcas reinantes, a 25 de Março de 1835 são assinadas as Cartas Régia concedendo também as Grã-Cruzes das Ordens de Cristo e da Torre e Espada, a Luís I, Rei da Baviera, io materno do príncipe Augusto de Leuchtenberg (ANTT - MR, 914, 19-19v, 20v). A alusão a outros soberanos teria a ver certamente com o facto de ser conhecida em Bruxelas, a atribuição por D. João VI, em Outubro de 1825, da Banda de Grã-Cruz das Três Ordens Militares a Guilherme I, rei da Holanda e, a Frederico, rei da Prússia (BRAGANÇA, 2011: 25). Casamento com o Príncipe Fernando de SaxeCoburgo-Gota Ao discurso embaraçado de Almeida Garret, o Rei Leopoldo terá respondido que «…em todo o mundo não havia distinção que distinguisse tão pouco; que de Lisboa, do Rio de Janeiro, e até de Roma se espalhava e vulgarizava por toda a parte; e em suma que a não ser para mostrar a pouca conta em que nós tínhamos uma nação que tanto nos ajudara e obsequiara e um soberano que ainda há pouco dera tão generosas provas da sua amizade (generoso, aludindo à rivalidade da eleição entre os dois príncipes) (VELDEKENS, 1858: I, 60, 61), na recepção do esposo da rainha idelíssima, não se podia saber por que moivo fora tratado o rei dos belgas como nenhum outro soberano de grande ou pequena potência ainda o fora pela nossa corte. O procedimento da corte de Madrid veio fazer ainda, pelo contraste, mais sensível a suposta injúria. A rainha regente enviou a el-rei Leopoldo (haverá dois meses) a ordem do Tosão de Oiro, a de Isabel, a Católica à Rainha, e a grã-cruz de Carlos III ao ministro dos negócios estrangeiros». Aquando da celebração do casamento da Rainha D. Maria II com o Príncipe Fernando Saxe-CoburgoGota-Koháry, para o qual o Rei Leopoldo I muito terá contribuído, vários príncipes da Casa de SaxeCoburgo-Gota foram agraciados como se verá. Com efeito, falecido subitamente o Príncipe consorte D. Augusto, em 28 de Março de 1835, havia que escolher novo marido para a rainha, e quer as Cortes, quer a Câmara dos Pares apressaram-se a representar à Rainha nesse senido. Dom Francisco de Almeida Portugal, 2º conde de Lavradio e Ministro Garret terminava sugerindo ao Ministro, como forma de «restabelecer a aniga harmonia» entre as duas cortes e de molde a que el-rei Leopoldo icasse penhorado, que a rainha concedesse à rainha dos Belgas uma das suas ordens – a de Santa Isabel ou a de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, tanto mais que inha dado à luz um herdeiro e, que ao conde Félix de Mûelenaere, Ministro dos Negócios Estrangeiros, fosse concedida também uma comenda de uma das ordens portuguesas. Assim veio a acontecer, provavelmente por proposta do conde de Vila Real, tendo a princesa Luísa de Orléans (Luísa Maria Teresa Carlota Isabel) (1812 – 1850), rainha consorte dos belgas sido agraciada com a Ordem de Santa Isabel, por Carta Régia de 14 de Julho de 1835 (ANTT - MR, 914, 23) e o conde Félix de Mûelenaere, com a comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (CR S. M. El Rei D. Fernando II Maurício Sendim, sculp., c. 1840 ? – BNP 5 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 da Torre e Espada e, sua mulher e sobrinha, a princesa Maria, duquesa de Wutemberg (1799 – 1860), ilha de Alexandre, duque de Wutemberg e de sua mulher a princesa Antonieta de Saxe-Coburgo-Saalfeld, com a Ordem de Santa Isabel (ANTT - MR, 914: 24v, 26v). Plenipotenciário em Madrid foi despachado para Londres e Paris encarregado de encontrar um noivo para a rainha e as respecivas negociações. Inicialmente pensou-se designadamente num dos príncipes da Casa de Orléans ilhos do rei Luís Filipe dos franceses, a tal obstando porém o desagrado da Inglaterra, ou num dos príncipes da Casa de Sabóia que chegou a ser sugerido por Lord Palmerston (BONIFÁCIO, 2005, 66-74). Após várias vicissitudes o escolhido veio a ser o príncipe Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gota (1816- 1837 – 1885), duque de Saxe, ilho do príncipe Fernando Jorge Augusto de Saxe-Coburgo-Gota (1785-1851) e da princesa Maria Antónia Gabriela de Koháry (1797-1862). Dom Fernando era pois sobrinho do príncipe Ernesto I, Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota e de Leopoldo I, Rei dos Belgas (que lhe concedeu Grã-Cruz da Ordem de Leopoldo, em 15 de Julho de 1835) (TRIPNAUX, 168), e primo do príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, futuro Príncipe consorte do Reino Unido. Esta aliança matrimonial com um membro de um dos ilustres ramos da Casa de Wein deu início a uma série de agraciamentos a membros da Família Saxe-Coburgo-Gota ou, com eles aparentados. Príncipe Fernando Jorge Augusto de Saxe-Coburgo-Gota Óleo de autor desconhecido. Palácio de Ehrenburg (Coburg, Ducados Saxónicos). O tratado matrimonial foi assinado a 9 de Dezembro de 1835, em Coburgo, realizando-se o casamento por procuração, em 1 de Janeiro de 1836, tendo o conde de Lavradio, entretanto nomeado Ministro Plenipotenciário na corte de Coburgo, representado a Rainha D. Maria II. O Duque era io de D. Fernando, e irmão de Leopoldo I, Rei dos Belgas e da princesa Maria Luísa Vitória, duquesa de Kent e de Strathearn, pelo seu segundo casamento, mãe da futura Rainha Vitória. Logo em 9 de Dezembro de 1835, aquando da assinatura do tratado matrimonial, a Rainha D. Maria II assinou a Carta Régia concedendo a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens ao Príncipe D. Fernando, à semelhança do que inha acontecido com o seu anterior marido (ANTT - MR, 914: 25v). Ainda antes da celebração do casamento em Lisboa e, reconhecendo o papel desempenhado no enlace, foram agraciadas com a Ordem de Santa Isabel (CR 23.02.1836) (ANTT - MR, 914: 29v., 36v. e 37v): Princesa Amélia Adelaide de Saxe-Meiningen (1792 - 1849), rainha consorte do Reino Unido, mulher do Rei Guilherme IV; Na mesma data foram agraciados os futuros sogros da Rainha e os ios de D. Fernando: Princesa Maria Luísa Vitória de Saxe-CoburgoSaalfeld, duquesa de Kent e de Strathearn, ia do príncipe Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota e do noivo príncipe D. Fernando; Príncipe Fernando Jorge Augusto de Saxe-CoburgoGota (1785 – 1851), duque de Saxe, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota, anigo General de Cavalaria do Exército Imperial Austro-Húngaro durante as guerras contra Napoleão, com a Grã-Cruz da Ordem da Cristo, e sua mulher a princesa Maria Antónia Koháry (1797 – 1862) herdeira da opulenta Casa de Koháry, com a Ordem de Santa Isabel (ANTT - MR, 914: 24, 27). Vitória Princesa de Gales futura rainha do Reino Unido (1837). A Princesa Vitória, que parece ter apreciado bastante o gesto de D. Maria II, no seu Diário, com data de 12 de Abri de 1836, descreve a cerimónia de entrega Príncipe Ernesto I, Duque reinante de Saxe-Coburgo Gota (1784 – 1826 – 1844), com a Grã-Cruz da Ordem 6 PRO PHALARIS I, duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota e de sua primeira mulher a princesa Luísa de Saxe-Gota-Altemburgo primo de D. Fernando, Grã-Cruz da Ordem de Cristo (ANTT - MR, 914: 32); das insígnias de Dama da Ordem de Santa isabel pelo barão da Torre de Moncorvo, Cristóvão Pedro de Morais Sarmento, Ministro na Corte de St. James. O Rei Guilherme IV terá ido uma reacção negaiva à aceitação da ordem pela Princesa de Gales tendo acabado por se conformar perante argumentação da duquesa de Kent, que via nisto um mero assunto de família, e do Primeiro-Ministro Lord Melbourne (PATTERSON, 1996: 56). De notar porém, que só em Maio de 1836, por sugestão de Leopoldo I, rei dos belgas, o príncipe Alberto foi convidado pela duquesa de Kent a visitar a Inglaterra para conhecer sua prima a Princesa de Gales, cujo noivado era desejado por Leopoldo I (LONGFORD, 1964: 51). Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (1819 – 1861), duque de Saxe, ilho segundogénito de Ernesto I, Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota primo Príncipe Ernesto (II) de SaxeCoburgoGota, Franz Hanfstaengl sculp., c. 1842 Dom Fernando chegou a Lisboa a 8 de Abril de 1836, onde casou presencialmente com a Rainha D. Maria II, a 9 de Abril, na Sé de Lisboa. Com o nascimento do Infante D. Pedro, em 16 de Setembro de 1837, Dom Fernando obteve o ítulo de Rei consorte – Dom Fernando II. Após a realização do casamento na Sé de Lisboa, a Rainha D. Maria II agraciou novamente o seu sogro e o Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota, bem como outros membros da Família de seu marido, por Cartas Régias de 23 e 26 de Abril de 1836: de D. Fernando, e futuro Príncipe consorte do Reino Unido, Grã-Cruz da Ordem de Cristo (ANTT - MR, 914: 32v); Stephen Paterson indica o ano de 1839 como o do agraciamento quando, na realidade foi dois meses após o agraciamento já referido da rainha Adelaide do Reino Unido, à duquesa de Kent e à sua futura mulher - Vitória, Princesa de Gales (PATTERSON, 1996: 56). Ernesto I, Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota, io de D. Fernando, Grã-Cruz da Ordem de Cristo (ANTT - MR, 914: 31); Príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, duque de Saxe, sogro da Rainha, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (ANTT - MR, 914: 31v); Condessa Maria Antonieta Josefa de WaldsteinWartenberg de Koháry (1771 – 1854) ilha do Conde Crisiano de Waldstein-Wartenberg e mulher do príncipe Francisco José Koháry de Csábrág e Szitnya, avó materna do Príncipe Dom Fernando. Dama da Ordem de Santa Isabel (ANTT - MR, 914: 30); Leopoldo I, Rei dos Belgas, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (Carta Régia, de 26.04.1836) (ANTT MR, 914: 34). As insígnias terão sido entregues pelo Encarregado de Negócios D. Luís M. da Câmara, que subsituiu Garret, em Junho de 1836 (DUCHESNE, 473). Na mesma data, o citado conde Félix de Mûelenaere, Ministro dos Negócios Estrangeiros foi promovido a Grã-Cruz da Ordem de N. Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Príncipe Augusto Luís Victor de Saxe-Coburgo-Gota (1818 – 1881), duque de Saxe, Major-General do Exército da Saxónia, irmão de D. Fernando e pai, entre outros, do futuro rei Fernando I da Bulgária, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (ANTT - MR, 914: 33); e sua mulher a Princesa Maria Clemenina Leopoldina Carolina Cloilde de Orléans (1817- 1907), ilha do rei Luís Filipe I dos franceses e de Maria Amélia de Bourbon Duas-Sicílias, foi agraciada ainda antes de casada com a Ordem de Santa Isabel (CR 16.11.1836) (ANTT - MR, 914: 38); Maninha-se portanto, uma nova políica quanto aos agraciamentos a conceder a príncipes estrangeiros. É diícil perceber o critério uilizado nestes agraciamentos, sendo o duque de Palmela - hábil diplomata e experiente estadista -, o Presidente do Ministério e o conde de Vila Real, Ministro dos Negócios Estrangeiros. Ou seja, a opção pela concessão da Grã-Cruz da Ordem de Cristo e da Ordem da Torre e Espada, em detrimento da Banda de Grã-Cruz das Três Ordens Militares, como havia Príncipe Ernesto (II) de Saxe-Coburgo-Gota (1818 – 1893), duque de Saxe, ilho primogénito de Ernesto 7 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 Prince Albert of Saxe-Coburg-Gotha, por George Paten © Naional Portrait Gallery, Londres 8 PRO PHALARIS Suécia, mulher do Duque Ernesto II, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 1.03.1844) (ANTT - MR, 914: 56); sucedido no reinado de D. João VI. Dadas as circunstâncias que envolveram a atribuição da Grã-Cruz da Ordem de Cristo relatadas acima, Leopoldo I, que foi um dos monarcas mais condecorados da Europa da sua época, parece nunca ter usado as respecivas insígnias, o mesmo não tendo acontecido com as da Ordem da Torre e Espada, segundo o invesigador belga Pat Van Hoorebeke. Com efeito, para além do retrato que ilustra o presente estudo, no Musée Royal de l’Armée em Bruxelas existe um estudo para um retrato a óleo do rei, em que o mesmo ostenta, entre outras, uma insígnia de peito desta Ordem (VAN HOOREBECKE, 2007: 66-67, 69), bem como um retrato, em Chanilly, no Museu Condé Inv. 2007.6.1.46, referido por Patrick Spilliaert, cf. D’Or et D’Argent. Décoraions des Princes de Condé et du Duc d’Aumale, Éds. Monelle Hayot, 2014, p. 75. Leopoldo I, Rei dos Belgas, a quem inalmente foi concedida a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (CR 06.04.1852) (ANTT - MR, 914: 75v). Albert Duchesne refere - 8 de Abril de 1852 - como sendo a data do «decreto da rainha D. Maria, em nome do rei Pedro V» (o que não é correcto, já que reinava a rainha D. Maria II e não seu filho, que só subiu ao trono em 15.11.1853 após o falecimento de sua mãe), anotando que as insígnias foram entregues em 27 de Abril pelo barão de Seisal - José Maurício Correia Henriques, Ministro em Bruxelas (DUCHESNE, 473). Esta distinção, no regime da monarquia constitucional, havia sido concedida a soberanos estrangeiros pela primeira vez, em 8.01.1841, a Crisiano VIII, Rei da Dinamarca (ANTT - MR, 914: 46v). Príncipe Leopoldo Luís Felipe Maria Victor (1835 – 1865 – 1909), príncipe da Bélgica, duque de Brabante, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota e duque de Saxe, ilho de Leopoldo I, Rei dos Belgas, e futuro Leopoldo II, Rei dos Belgas, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 6.09.1853) (ANTT - MR, 914: 75). Agraciamento concedido ainda pela rainha D. Maria II por ocasião da maioridade do Príncipe Leopoldo, duque de Brabante, tendo as insígnias sido entregues pelo Ministro de Portugal em Bruxelas - barão de Seisal (DUCHESNE, 473). Em 3 de Junho de 1836 foi ainda agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada outro parente de D. Fernando - Carlos Frederico Guilherme Emílio (1804 – 1814 - 1856), III príncipe de Leiningen, ilho de Emílio Carlos, II príncipe de Leiningen e de sua segunda mulher a princesa Maria Luísa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, acima referida, ia de D. Fernando. Este príncipe era assim primo de D. Fernando e meio-irmão da Princesa Vitória de Kent, futura Rainha do Reino Unido. Sua mulher a condessa Maria Klebelsberg (1806-1880), ilha do conde Maximiliano Klebelsberg e de Maria Antónia de Turba foi também agraciada com a Ordem de Santa Isabel (CR 22.07.1839) (ANTT - MR, 914: 36, 43v). Reinados de D. Pedro V a D. Manuel II Nos reinados seguintes, por ocasião de enlaces matrimoniais, de ascensão ao trono ou de aniversários, foram agraciados vários parentes da Casa Real portuguesa - príncipes de Saxe-Coburgo-Gota, soberanos e príncipes da Bélgica e membros da Casa Real do Reino Unido. Dos restantes irmãos de D. Fernando, a princesa Vitória Francisca de Saxe-Coburgo-Gota (1822 – 1857), duquesa de Némours por casamento (1840), seria agraciada com a Ordem de Santa Isabel, em 22 de Julho de 1839, e o príncipe Leopoldo Francisco Júlio de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry (1824 - 1884), major-general do Império Austro-Húngaro, com a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada, em 19 de Junho de 1843 (ANTT - MR, 914: 43, 49v). Entre os primeiros foram agraciados os seguintes: Príncipe Fernando Maximiliano Carlos Leopoldo Maria de Saxe-Coburgo-Gota (1861 – 1887 - 1948), duque de Saxe, Príncipe Reinante (1887-1908) e Rei dos Búlgaros (1908-1918). Filho do Príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e sobrinho de D. Fernando II. Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens de Cristo e de Avis (CR 17.06.1886) (ANTT - MR, 2063: 71) ) e Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada. Até ao inal do reinado de D. Maria II prosseguiram os agraciamentos a príncipes da Família de SaxeCoburgo-Gota, a saber: Príncipe Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota, Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota, que sucedeu a seu pai o Duque Ernesto I, em Janeiro de 1844, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 1.03.1844) (ANTT - MR, 914: 54); Príncipe D. Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança (1866 - 1934), príncipe do Brasil e de Saxe-Coburgo-Gota, duque de Saxe, ilho primogénito da Princesa D. Leopoldina de Bragança, ilha do Imperador D. Pedro II, e do príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, sobrinho-neto de D. Fernando II e, Princesa Alexandrina Luísa Amália de Baden (1820 1904), Duquesa de Saxe-Coburgo-Gota, ilha de Leopoldo, Grão-Duque de Baden e da Princesa Soia da 9 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 Fernando I, Rei dos Búlgaros. Col. paricular. Princesa Maria Henriqueta da Áustria, Rainha dos belgas da Rainha D. Maria II. Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 26.07.1888) (ANTT - MR, 2063: 82v). Balduíno Leopoldo Jorge (1837 - 1905), príncipe da Bélgica e conde de Flandres (1840), príncipe de Saxe-Coburgo-Gota e duque de Saxe, ilho do rei Leopoldo I e da rainha Luísa Maria de Orléans. Casado com a princesa Maria Luísa de Hohenzollern-Sigmaringen, ilha do príncipe Carlos António de Hohenzollern-Sigmaringen e de sua mulher Joseina de Baden, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 12.12.1854) (ANTT - MR, 914, l. 85v); Príncipe D. Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gota e Bragança, (Augusto Leopoldo Filipe Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga) (1867-1922) príncipe do Brasil e de Saxe-Coburgo-Gota, duque de Saxe, ilho segundogénito da Princesa D. Leopoldina de Bragança, ilha do Imperador D. Pedro II, e do príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, sobrinho-neto de D. Fernando II e, da Rainha D. Maria II. Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 05.02.1903) (ANTT - MR, 2063: 120); Princesa Carlota da Bélgica (Maria Carlota Amélia Augusina Vitória Clemenina Leopoldina) (1840 1927), ilha do Rei Leopoldo I dos belgas e da princesa Luísa Maria de Orléans. Casou em 27 de Julho de 1857 com seu primo o Arquiduque Maximiliano da Áustria, irmão do Imperador Francisco José e Imperador do México em 1864, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 19.04.1865) (ANTT - MR, 914, 146v); Da Casa Real da Bélgica cumpre destacar: Princesa Maria Henriqueta da Áustria (1836 – 1902), arquiduquesa da Áustria ilha do Arquiduque José de Habsburgo, Palaino da Hungria e de sua mulher a duquesa Maria Doroteia de Wutemberg, rainha consorte dos Belgas. Casou em 22 de Agosto de 1853 com o Príncipe Leopoldo (II) de Saxe-Coburgo-Gota, Duque de Brabante, futuro Leopoldo II, Rei dos Belgas, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 5.08.1854) (ANTT - MR, 914: 78); Leopoldo II (1835 – 1865 – 1909), Rei dos belgas, Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (CR 8.01.1866) por ocasião da sua elevação ao trono (ANTT - MR, 2063, 2v.). Segundo Albert Duchesne as insígnias terão sido entregues em 24 de Agosto de 1866 pelo visconde de Seisal (DUCHESNE, 473). Porém, o Almanaque Real belga não menciona esta disinção (ALMANACH, 1870, 17); Príncipe Filipe-Eugénio Fernando Maria Clemente 10 PRO PHALARIS Princesa Luísa Maria Amélia da Bélgica (1858 - 1924) ilha de Leopoldo II, Rei dos Belgas e de sua mulher a Princesa Maria Henriqueta da Áustria. Casada (4 de Fevereiro de 1875) com seu primo o Príncipe Fernando Filipe de Saxe-Coburgo-Gota (1844 – 1921), duque de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry (1881), ilho do Príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry e sobrinho d’el-Rei D. Fernando II, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 17.06.1875) (ANTT - MR, 2063, 33v); Princesa Estefânia Cloilde Luísa Hermínia Maria Carlota da Bélgica (1864 - 1945) ilha do rei Leopoldo II da Bélgica e de sua mulher a arquiduquesa Maria Henriqueta da Áustria que casou a 10 de Maio de 1881 com o príncipe-herdeiro Arquiduque Rodolfo da Áustria ilho do imperador Francisco José I e da imperatriz Isabel, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 21.04.1881) (ANTT - MR, 2063, 52v); Princesa Joseina Carolina da Bélgica (1872 – 1958) ilha do príncipe Filipe de Saxe-Coburgo-Gota, conde da Flandres e da princesa Maria de Hohenzollern-Sigmaringen. Casou em 28 de Maio de 1894 com seu primo o príncipe Carlos António de Hohenzollern-Sigmaringen ilho de Leopoldo, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen e de sua mulher a Infanta D. Antónia, ilha da Rainha D. Maria II e de D. Fernando II. Foi a mãe de Alberto I, rei dos Belgas, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 19.06.1894) (ANTT - MR, 2063, 100v); Filipe, Príncipe da Bélgica, conde da Flandres © Bruxelas, Archives of the Royal Palace Photographic Collecion. Albert and Elisabeth, 10 Príncipe Alberto (I) Leopoldo Clemente Maria (1875 – 1909 - 1934) ilho do conde de Flandres que sucedeu a seu io Leopoldo II como Rei dos Belgas. Casado com a duquesa Isabel da Baviera, ilha de Carlos Teodoro, duque na Baviera e da Infanta D. Maria José de Bragança, ilha de D. Miguel I, Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (CR 14.06.1910) por ocasião da sua elevação ao trono dos belgas. Ainda, segundo Albert Duchesne, as insígnias terão sido entregues em 14 de Junho de 1910 pelo visconde de Santo Tirso, Carlos Cirilo Machado, Ministro em Bruxelas (DUCHESNE, 473). No que toca à Casa Real do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda, à Rainha Vitória, que já havia recebido a Ordem de Santa Isabel, não lhe foi concedida a Banda das Três Ordens, ao contrário do que sucedeu com outras soberanas. Com efeito, quer a Arquiduquesa da Áustria Maria Crisina de Habsburgo-Lorena (1858 – 1929), mulher do rei D. Afonso XII e Rainha regente de Espanha (1885 – 1902) durante a menoridade de seu ilho o Rei D. Afonso XIII, quer a Rainha Guilhermina dos Países-Baixos (1880 – 1890 – 1962) ilha do rei Guilherme III, dos Países-Baixos, foram agraciadas com a Banda Alberto I Rei dos Belgas 11 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 de Grã-Cruz das Três Ordens, a primeira em 1892 (CR 8.11.1892) (ANTT - MR, 2063: 95v) e, a segunda, em 1901 (CR 7.02.1901), ANTT - MR, 2063: 114), sendo que a primeira já era também Dama da Ordem de Santa Isabel, desde 14.11.1879 e Grã-Cruz da Ordem de Nª Senhora da Conceição de Vila Viçosa, desde 14.10.1886 (ANTT 914: 49v; 2063: 73); Pedro V concedeu ao Príncipe consorte a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens, embora reira erradamente 1858, como data de concessão Ignora-se porém se chegaram a ser-lhe enviadas novas insígnias das Banda das Três Ordens, não referenciadas por Stephen Paterson (PATTERSON, 1996: 56). Um ano depois seria agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 25.11.1858), simultaneamente com seu ilho Eduardo Alberto, príncipe de Gales. Ambos os agraciamentos não são referenciados por Stephen Paterson que no entanto refere, quanto a nós erradamente, ter sido atribuída a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada ao Príncipe Jorge, duque de Iorque, futuro Jorge V, rei do Reino Unido (PATTERSON, 1996: 52, 57). No entanto, o Príncipe consorte Alberto seria de novo agraciado nos reinados seguintes, bem como a maioria de seus ilhos e outros parentes, a saber: Vitória Adelaide Maria Luísa, Princesa Real (1840 – 1901) ilha primogénita da Rainha Vitória do Reino Unido e do Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, que casou em Janeiro de 1858 com o Frederico (III), Imperador da Alemanha e Rei da Prússia, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 31.08.1857) (ANTT - MR, 914: 101); Príncipe Alberto Eduardo (VII) (1841 – 1901 - 1910), Príncipe de Gales e futuro Rei do Unido e Imperador da Índia, ilho da Rainha Vitória e do Príncipe consorte Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens - Cristo e Avis (CR 7.06.1865) e Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (CR 8.02.1901) (ANTT - MR, 914, 149; ANTT - MR, 2063, 115); Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (1819 – 1840 - 1861), Príncipe consorte do Reino Unido, Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens – Avis e Saniago da Espada (CR 30.09.1857) (ANTT - MR, 914: 101v). Tratou-se assim da primeira Banda de Grã-Cruz de Duas Ordens concedida no período do regime da monarquia consitucional e como o príncipe já era Grã-Cruz da Ordem de Cristo ‘considerou-se’ que a parir daqui teria a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens. Talvez por isso Stephen Paterson não hesita em airmar que D. Princesa Alexandra Carolina Maria Carlota Luísa Júlia da Dinamarca (1844 – 1925) ilha do Príncipe Crisiano de Schleswig-Holstein-Sonderburgo-Glücksburgo que subiu ao trono da Dinamarca em 1863, sob o ítulo de Crisiano IX e de sua mulher a Princesa Luísa 12 PRO PHALARIS da Rússia e da Imperatriz Maria Alexandrovna, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 28.02.1894) (ANTT MR, 2063: 99v); Príncipe Jorge Guilherme Frederico Carlos, (1819 1904), II duque de Cambridge, príncipe de Hanôver e duque de Brunswick e Lűneburgo, ilho do príncipe Adolfo, I duque de Cambridge e da princesa Augusta de Hesse-Cassel, e neto de Rei Jorge III, do Reino Unido. Foi Marechal-General e Comandante-em-Chefe do Exército Britânico (1856-1895). Primo da Rainha Vitória e io da princesa Maria de Teck, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 8.01.1866) (ANTT - MR, 2063 : 5v); Princesa Luísa Carolina Alberta (1848 – 1939) ilha da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto, casada em 21 Março de 1871 com João, marquês de Lorne, ilho dos duques de Argyll, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 8.01.1866) (ANTT - MR, 2063: 6); Princesa Beatriz Maria Vitória Fédora (1857 – 1944) ilha mais nova da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto. Casou em 23 de Julho de 1885 com o príncipe Henrique de Batenberg ilho do príncipe Alexandre de Hesse. Mãe da princesa Vitória Eugénia, rainha consorte do Rei Dom Afonso XIII de Espanha, Dama da Ordem de Santa isabel (CR 11.09.1875) (ANTT MR, 2063: 34); Rei Eduardo VII fardado de Coronel Honorário do Regimento Nº 3 de Cavalaria do Rei Eduardo VII de Inglaterra, Palácio das Necessidades, Abril de 1903 de Hesse-Kassel. Princesa de Gales pelo casamento em 10 de Março de 1863 com Eduardo, Príncipe de Gales, tendo-se tornado Rainha consorte do Reino Unido em 1901, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 23.06.1863) (ANTT - MR, 914, 140); Príncipe Artur Guilherme Patrício Alberto (1850 1942), duque de Connaught e de Strathearn e conde de Sussex, ilho da Rainha Vitória e do Príncipe Alberto. Casou a 13 de Março de 1879 com a princesa Luísa Margarida da Prússia sobrinha-neta do Imperador Guilherme I da Alemanha. Em 1899, após a morte de seu sobrinho Alfredo de Edimburgo, príncipe herdeiro de Saxe-Coburgo-Gota, estando na linha de sucessão do ducado renunciou, em seu nome e no de seu ilho, aos direitos sucessórios que passaram então para seu sobrinho o príncipe Carlos Eduardo, ilho póstumo de seu irmão o príncipe Leopoldo, duque de Albany, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 3.04.1879) (ANTT - MR, 2063: 48); Princesa Helena Augusta Vitória (1846 – 1923) ilha da Rainha Vitória e do Príncipe consorte Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota, casada em 5 de Julho de 1866 com o príncipe Crisiano de Schleswig-Holstein, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR 31.03.1863) (ANTT - MR, 914: 139); Príncipe Alfredo Ernesto Alberto (1844 – 1900), duque de Edimburgo (1866-1893) e Duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota (1893-1900) tendo sucedido a Ernesto II. Filho da Rainha Vitória e do Príncipe consorte Alfredo de Saxe-Coburgo-Gota. Casou em 23 de Janeiro de 1874, com a Grã-Duquesa Maria Alexandrovna da Rússia. Recebeu sucessivamente, a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 25.11.1858), a Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens de Cristo e de Avis (CR 7.11.1889) e a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (CR 28.02.1894) (ANTT - MR, 914: 107v; 2063: 87v., 99); Príncipe Alberto Vítor Crisiano Eduardo (1864 -1892), duque de Clarence ilho primogénito de Eduardo (VII), príncipe de Gales e neto da rainha Vitória, Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (CR 5.03.1885) (ANTT - MR, 2063: 66v); Príncipe Jorge (V) Frederico Ernesto Alberto (1865 – 1910 - 1936), duque de Iorque, ilho de Eduardo (VII) príncipe de Gales, a quem sucedeu em 1910 como Rei do Reino Unido, Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens de Cristo e de Avis (CR 20.05.1886) (ANTT - MR, 2063: 71); Grande-Duquesa Maria Alexandrovna da Rússia (1853 – 1920), duquesa de Edimburgo e de Saxe-Coburgo-Gota por casamento, ilha do Tzar Alexandre II 13 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 Princesa Vitória Maria Augusta Luísa Olga Paulina Cláudia Inês de Teck (1867 – 1953), ilha de Francisco, duque de Teck e da princesa Maria Adelaide de Cambridge, casada em 6 Julho de 1893 com Jorge, sucessivamente duque de Iorque e príncipe de Gales e, em 6 de Maio de 1910, Rei Jorge V do Reino Unido, Dama da Ordem de Santa Isabel (CR Agosto de 1893) (ANTT - MR, 2063: 98v). da Banda de Grã-Cruz do Príncipe Alberto parece ser de modelo idênico ao das insígnias de Grã-Cruz da Ordem de Cristo que pertenceram ao Marechal do Império Michel Ney recentemente vendidas em leilão, o que levou os autores do catálogo a admiirem tratar-se de um modelo anigo, proveniente de uma devolução e reuilizada (BRAGANÇA, 2013: 22). Colar e disinivo de Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada, provavelmente do Príncipe Jorge, duque de Ior- Paradeiro das insígnias Como sempre, é diícil traçar o paradeiro das insígnias dos agraciamentos acabados de enumerar no total de 62. Poucas são as que se sabe encontrarem-se em colecções pariculares ou em Museus, como adiante se verá. No entanto, o simples enunciar deste ipo de listagem é importante para ajuizar as possíveis proveniências de peças falerísicas que surgem ocasionalmente à venda em leilões. É que, com efeito, tem sido frequente nalguns catálogos de leilões ou de exposições atribuírem-se proveniências de peças a Casas ilustres, sem a devida e adequada fundamentação. Tal aconteceu, por exemplo com um Colar da Ordem do Espírito Santo vendido em leilão em Paris (TRIPNAUX, 2010; LAUREAU, 2012). Tratando-se porém de espólios que pertenceram a membros de anigas Casas Reais ou principescas, nem sempre os herdeiros que ordenam a sua venda em leilões permitem, por decoro, que se revele a proveniência, se bem que essa proveniência seja de molde a aumentar o valor das peças. A inércia, o desinteresse ou a ignorância de herdeiros têm feito o resto, fazendo algumas destas peças sumir-se na corina dos tempos. No que concerne contudo, às Famílias Reais britânica e belga conhece-se a existência de algumas insígnias. Príncipe Alfredo, Duque de Edinburgo e Saxe-Coburg-Gota, Arista: John Jabez Edwin Mayall © Naional Portrait Gallery, Londres Na Royal Collecion, no Castelo de Windsor, segundo a obra citada de Stephen Paterson, que adverte não se tratar de uma relação exausiva, estão relacionadas as seguintes insígnias de ordens portuguesas conferidas a príncipes da Casa Real Inglesa no período considerado (PATTERSON, 1996: 49/51, 53, 57 e 55): que (RCIN 441509a e 441509b); contrariamente ao airmado por Stephen Paterson, entendemos que o mais provável é que ivessem pertencido ao seu avô, pai ou irmão - Alberto, duque de Clarence, todos membros da Ordem, já que o duque de Iorque nunca terá sido agraciado com a Torre e Espada, como se disse supra (PATTERSON, 1996: 52, 57). Banda e Disinivo da Ordem de Santa Isabel, da Rainha Vitória (RCIN 440069); Banda, Disinivo e Placa de Grã-Cruz das Três Ordens que pertenceu ao Rei Eduardo VII (RCIN 441120 e 441045). Disinivo e placa de Grã-Cruz da Ordem de Cristo, do Príncipe consorte Alberto de Saxe-Coburgo-Gota (RCIN 441504 e 441505); No Museu do Castelo de Veste Coburgo (Kunstsammlungen der Veste Coburg), que conserva as co- Como já foi notado, o referido disinivo (‘medalha’) 14 PRO PHALARIS lecções dos Duques de Saxe-Coburgo-Gota, encontram-se as insígnias da Banda de Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada do Príncipe Alfredo, duque reinante de Saxe-Coburgo-Gota. Conclusão Durante a monarquia consitucional e no que respeita ao universo de agraciados em análise – Família Leuchtenberg e Casa de Saxe-Coburgo-Gota e aparentados – há que concluir que predominaram os agraciamentos a princesas, com a Ordem de Santa Isabel (23), seguidos da Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada (21) e de Banda de Grã-Cruz das Três Ordens (7) (ver Quadro 1). No Real Museu das Forças Armadas e da História Militar, em Bruxelas, por seu turno encontram-se algumas das referidas condecorações atribuídas a monarcas belgas, a saber: Banda, Disinivo e Placa de Grã-Cruz das Três Ordens que pertenceu ao rei Leopoldo II (Nº Inv. 15418 - 15419); Neste úlimo número incluem-se porém, os dois agraciamentos conferidos aos príncipes que casaram sucessivamente com a Rainha D. Maria II o que faz baixar o número de Bandas das Três Ordens concedidas a estrangeiros para 5. Disinivo de Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada do rei Leopoldo II (Nº Inv. 15420). Banda, Disinivo e Placa de Grã-Cruz das Três Ordens com estojo que pertenceu ao rei Alberto I (Nº Inv. 805354 – 805355 – 805356). De realçar que em vários casos, como se viu, se concedeu a Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens de Cristo e de Avis a príncipes que, uma vez entronizados, foram ‘promovidos’ a Grã-Cruzes das Três Ordens, com a eventual alteração das insígnias usadas. Foi por exemplo o caso de Eduardo VII, Rei do Reino Unido que foi agraciado sucessivamente com a Banda das duas Ordens – de Cristo e de Avis, enquanto príncipe de Gales – e, já rei, com a Banda das Três Ordens, sendo estas as únicas insígnias referidas por Stephen Paterson como constando da Royal Collecion, no seu livro já várias vezes citado. Iconograia Quanto à iconograia não abundam os retratos de príncipes estrangeiros recenseados no presente estudo ostentando insígnias de ordens portuguesas. Tal não deve ser moivo de admiração já que era usual os soberanos e príncipes se fazerem retratar apenas com as insígnias das ordens das suas Casas e, quando muito, com as das ordens de maior presígio, como as da Jarreteira, do Tosão de Ouro, as ordens dos Impérios Austro-Húngaro e Russo ou da Prússia/ Império Alemão. Mas o mais digno de nota é o facto de se ter optado por conceder a soberanos estrangeiros a Grã-Cruz da Ordem de Cristo ou da Torre e Espada, e só em momento posterior, a Banda de Grã-Cruz das Três Ordens. Uma das excepções é um retrato do Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota pertencente à Royal Collecion envergando o uniforme de General do Regimento de Infantaria Ligeira da Saxónia e ostentando as Bandas e Placas de Grã-Cruz da Ordem da Casa de Saxe-Ernesine (ou de Ernesto, o Pio, como também é conhecida) e da Ordem de Cristo. O retrato da autoria de George Paten terá sido pintado em Janeiro 1840 em Coburgo, antes do príncipe ter viajado para Inglaterra, onde casou a 10 de Fevereiro de 1840 (FUNELL, 1998: 109-120). Tal ocorreu até 1841, data em que foi agraciado, como se disse acima, Crisiano VIII, rei da Dinamarca. Com efeito parece ter sido apenas a parir desta década que se retomou a práica do reinado d’el-Rei D. João VI concedendo-se a Banda das Três Ordens a monarcas, como foi o caso do Imperador Fernando da Áustria-Hungria, de Guilherme II, rei dos Países-Baixos e Grão-Duque do Luxemburgo, de Frederico Guilherme IV, rei da Prússia, de Dom Francisco de Assis de Bourbon, rei consorte de Espanha, de Frederico VII, rei da Dinamarca e de Guilherme III, rei dos Países-Baixos e Grão-Duque do Luxemburgo. Este procedimento teve coninuidade praicamente até ao inal da Monarquia, em 1910 (ANTT, 914, 2063). Para além dos retratos que ilustram o presente estudo poderá assinalar-se uma aguarela pintada por Joseph Nash, representando a entrada da Rainha Vitória e do rei Luís-Filipe no St. George’s Hall, no Castelo de Windsor, em 11 de Outubro de 1844, aquando da invesidura do Rei dos franceses na Ordem de Jarreteira, igura em segundo plano a duquesa de Kent, mãe da rainha, usando a Banda de Dama da Ordem de Santa Isabel (PATTERSON, 1996: 58). A Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens de Cristo e Avis inha sido no anigo regime apanágio dos Infantes, embora em 1825, D. João VI ivesse concedido a Banda de Grã-Cruz das Ordens de Cristo e de Saniago da Espada ao Príncipe Maximiliano Maria José da Saxónia (1759 – 1838), por ocasião do seu segundo 15 Ano 5 / 1º e 2º Semestre, nº 9-10 dens Portuguesas concedidas pelos reis de Portugal a outros soberanos e príncipes, Liv. 914 casamento com a princesa Maria Luísa Carlota de Bourbon, princesa de Parma, sobrinha de Fernando VII, Rei de Espanha e, ilha do Infante D. Luís, príncipe de Parma e efémero rei da Etrúria, e de sua mulher, a Infanta D. Maria Luísa de Espanha (ANTT - MR, 914: 11). ANTT – Ministério do Reino (MR) - Assentos de Ordens Portuguesas concedidas pelos reis de Portugal a outros soberanos e príncipes, Liv. 2063 II - Impressas Sob a monarquia consitucional, como se disse, a primeira concessão da Banda de Grã-Cruz de Duas Ordens, mas agora de Avis e de Saniago da Espada, teve lugar apenas, em 30.09.1857, a favor do Príncipe consorte Alberto de Saxe-Coburgo-Gota. Almanach de Gotha, 1848, 1889, 1904 eds. Gotha, Justus Perthes, [1847, 1888, 1903) Almanach royal oiciel de Belgique, Librairie polytechnique De Decq, 1870 O Setembrismo que durou de Setembro de 1836 a Fevereiro de 1842, quando a Carta Consitucional foi oicialmente restaurada não foi assim propício à retoma das tradições do anigo regime. Amorim. Francisco Gomes de. Garret - Memórias Biographicas, vol. 2, Lisboa, Impr. Nacional, [1884] Annuario Portuguez, historico, biographico e diplomaico: seguido de uma synopse de tratados e convenções celebrados entre Portugal e outras potencias, ou em que este reino foi comprehendido desde 1093 até 1854 (Antonio Travassos Valdez), Typographia da Revista Universal, 1855 Sublinhe-se que a publicação deste ipo de listagens desenterradas da documentação esquecida há muito nos Arquivos públicos é, em nosso modesto entender, da maior importância para a história e para a falerísica, já que na maioria das publicações estrangeiras que se referem a condecorações de soberanos ou príncipes, as ordens portuguesas são esquecidas, por ignorância, ou desconhecimento das fontes. Memórias do conde do Lavradio, D. Francisco de Almeida Portugal, vol. 4, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1943 Contribuir para corrigir essa anomalia é o nosso intuito. Memórias do Duque de Palmela, [Maria de Fáima Bonifácio (transcr., prefácio, ed.)], Lisboa, Dom Quixote, 2011 Cumpre agradecer aos ilustres faleristas Paulo Jorge Estrela e Guy Deploige o inesimável apoio prestado na invesigação para este estudo. Veldekens, Ferdinand. Le livre d’or de l’ordre de Léopold et de la croix de fer, 3 Vols., Bruxelles, Lelong, 1858-1861 Fontes e Bibliograia citadas: Fontes Bibliograia I - Manuscritas Bonifácio, Maria de Fáima (2013). Um homem singular: biograia políica de Rodrigo da Fonseca Ma- ANTT – Ministério do Reino (MR) - Assentos de OrQuadro 1 Condecoração Banda de Grã-Cruz das Três Ordens – Cristo, Avis e Saniago da Espada Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens – Cristo e Avis Banda de Grã-Cruz das Duas Ordens – Avis e Saniago da Espada Grã-Cruz Ordem de Cristo Grã-Cruz da Ordem de Torre e Espada Dama Ordem de Santa Isabel Total : 16 Leuchtenberg et alii Saxe-Coburgo-Gota et alii 1 6 - 4 - 1 1 4 1 7 5 17 22 55 PRO PHALARIS galhães, Lisboa, Leya, 2013 «Künstlerische Beziehungen zwischen England und Deutschland in der viktorianischen Epoche / Art in Britain and Germany in the Age of Queen Victoria and Prince Albert / Art in Britain and Germany in the Age of Queen Victoria and Prince Albert, Franz Bosbach & Frank Bütner (eds.)», München, Saur, 1998 Bonifácio, Maria de Fáima (2005). D. Maria II, Lisboa, Círculo de Leitores, 2005, pp. 59-66. Bragança, Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e (1968). 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